O escritor Ricardo Cavaliere assume sua cadeira na ABL, contribuindo para a literatura brasileira.
Cavaliere foi eleito em abril e possui uma trajetória acadêmica sólida. Graduado em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o filólogo também possui mestrado e doutorado em Língua Portuguesa pela mesma instituição. Além disso, é professor aposentado da Universidade Federal Fluminense e membro da Academia Brasileira de Filologia. Seu envolvimento com a área de Letras e Linguística é notável, com foco na descrição do português e na historiografia dos estudos gramaticais. Ao longo da carreira, o escritor já publicou mais de cem trabalhos acadêmicos.
Em seu discurso de posse, Cavaliere expressou seu compromisso em honrar o voto que recebeu, afirmando estar à altura do trabalho desenvolvido pelos filólogos do passado. Ele destacou a importância de dar seguimento ao legado deixado por eles, com qualidade e dedicação.
Dentre as obras publicadas pelo novo membro da ABL, estão títulos como “Fonologia e morfologia na gramática científica brasileira” (2000), “Pontos essenciais em fonética e fonologia” (2005), “Palavras denotativas e termos afins: uma visão argumentativa” (2009), “A gramática no Brasil: ideias, percursos e parâmetros” (2014) e “História da gramática no Brasil: séculos XVI a XIX” (2022). Esses livros evidenciam a vasta contribuição de Cavaliere para a área de estudos linguísticos.
Sua dedicação e conhecimento na área não passaram despercebidos, resultando em comendas como o título de Grande Benemérito do Real Gabinete Português de Leitura (2008), a Medalha do Mérito Filológico da Academia Brasileira de Filologia (2018) e o Prêmio Celso Cunha da União Brasileira de Escritores (2015).
Com a posse de Ricardo Cavaliere, a ABL ganha mais uma mente brilhante e um intelectual comprometido em contribuir para o desenvolvimento das letras e da cultura brasileira. A instituição, que já abrigou grandes personalidades ao longo de sua história, tem agora mais um membro que promete honrar a tradição acadêmica e seguir adiante com o legado deixado pelos filólogos do passado.