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O INSS e o lucrativo mercado de venda de dados
O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), responsável por processar dados previdenciários dos brasileiros, tem oficialmente lucrado ao terceirizar a folha de pagamento a bancos privados. No último leilão, estimou-se que o instituto embolsaria cerca de R$ 24 bilhões em cinco anos. Apesar disso, INSS e Dataprev negam qualquer vazamento de dados.
Por outro lado, todo mês instituições financeiras que não ganharam o leilão atormentam recém-aposentados oferecendo empréstimos, e há empresas especializadas em vender listagens de trabalhadores que tiveram benefícios negados. Mas ninguém sabe como essas informações são obtidas.
De acordo com a Folha, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) investiga um convênio entre cartórios e Dataprev que pode render até R$ 1 bilhão para a empresa privada. Sendo assim, a venda de dados previdenciários tem se mostrado uma mina de ouro para empresas.
O INSS, cuja função principal é a cobertura previdenciária do brasileiro, não tem fim lucrativo, mas tem lucrado muito nos últimos anos com o acervo precioso de informações. No entanto, a descentralização de dados aumenta o risco de vazamentos e comercialização ilícita, oferecendo prejuízos aos segurados. Isso é especialmente preocupante, já que muitos beneficiários são vulneráveis e propensos a cair em golpes.
Portanto, é crucial que o INSS reavalie sua política de segurança de dados, evitando o compartilhamento de informações sensíveis. Uma vez vazados, os dados nunca mais poderão ser recuperados, e a mudança de postura para preservar a segurança dos segurados é imprescindível.
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