Em resposta a um protesto, a cracolândia foi transferida para novo endereço no centro de São Paulo.

Nesta segunda-feira (14), a rua dos Protestantes estava tomada por usuários de drogas e uma equipe da GCM acompanhava a movimentação no local. Os moradores já estão organizando uma passeata contra essa migração.
Para policiar a situação, a avenida Rio Branco, onde os usuários antes estavam concentrados, estava com equipes da Polícia Militar nas esquinas com as ruas dos Gusmões e General Osório.
A rua dos Protestantes é uma via estreita e de mão única que abriga ferros velhos, pensões e um condomínio residencial. Segundo os relatos, os usuários começaram a chegar na via na madrugada de sábado (12).
Os moradores do condomínio no entorno da praça Júlio Prestes chegaram a bloquear a passagem de veículos no cruzamento das avenidas Duque de Caxias e Rio Branco para evitar a possível transferência do fluxo para a alameda Dino Bueno. A mobilização foi motivada por notícias sobre essa mudança de endereço.
Na sexta-feira (11), comerciantes da rua Santa Ifigênia também realizaram um protesto, fechando as portas de suas lojas por algumas horas. Eles cobraram uma solução do poder público para o problema e fixaram cartazes com os dizeres “Lute pela Santa Ifigênia” e “Lute pelo seu trabalho seguro”.
A presença da cracolândia na região tem afetado drasticamente as vendas dos comerciantes de eletrônicos. Alguns afirmam que as vendas caíram consideravelmente e até cogitam fechar seus estabelecimentos.
Essa não é a primeira vez que a cracolândia muda de endereço nos últimos meses. No final de julho, os usuários deixaram as ruas Conselheiro Nébias e Guaianases, em Campos Elíseos, e migraram para a rua dos Protestantes, onde ficaram por cerca de uma semana. No entanto, eles retornaram para a rua Conselheiro Nébias pouco dias depois e seguiram para o cruzamento da rua dos Gusmões com a avenida Rio Branco.
A situação continua preocupante para os moradores e comerciantes da região, que esperam uma ação efetiva por parte do poder público para lidar com esse problema que afeta não apenas a segurança, mas também a economia local.