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Escândalo Covaxin: UOL busca esclarecimentos da Precisa sobre denúncias de corrupção e pressão no Ministério da Saúde





UOL tenta contato com a Precisa para pedir um posicionamento

UOL tenta contato com a Precisa para pedir um posicionamento

Por Jornalista X | Publicado em

O portal UOL vem acompanhando de perto o desenrolar do caso envolvendo a compra da vacina Covaxin pelo governo brasileiro. Neste contexto, buscou contato com a empresa Precisa Medicamentos a fim de obter um posicionamento oficial sobre o assunto. Até o momento, aguarda-se uma resposta da empresa, e o espaço permanece aberto para eventual manifestação por parte da Precisa.

Relembre o caso

Em 2021, o governo federal anunciou a aquisição de 20 milhões de doses da vacina Covaxin, desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech, com a Precisa Medicamentos atuando como representante no Brasil. O contrato, divulgado em fevereiro de 2021, previa que o Ministério da Saúde pagaria R$ 1,6 bilhão pelas vacinas. À época, o órgão era comandado pelo general Eduardo Pazuello.

No entanto, o caso ganhou contornos polêmicos quando o ex-deputado federal Luis Miranda denunciou um suposto esquema de corrupção envolvendo a negociação da Covaxin. De acordo com Miranda, ele se encontrou com o então presidente Jair Bolsonaro em março, apresentando documentos que apontavam irregularidades no processo. As revelações de Miranda foram tornadas públicas em junho de 2021, por meio de entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-deputado também alegou que seu irmão, Luis Ricardo Fernandes Miranda, que ocupava o cargo de chefe de importação no Departamento de Logística do Ministério da Saúde, foi pressionado por superiores a aprovar o contrato da Covaxin. Luis Ricardo prestou depoimento à CPI da Covid em junho e, quatro meses depois, entrou no programa de proteção a testemunhas da Polícia Federal.

O caso foi um dos mais emblemáticos durante a realização da CPI da Covid. Suspensa em agosto de 2021, a investigação resultou no pedido de indiciamento de Jair Bolsonaro e mais 12 pessoas ao final dos trabalhos, em outubro. O relatório final do senador Renan Calheiros (MDB-AL) apontou que o ex-presidente teria cometido prevaricação ao não solicitar uma investigação sobre as denúncias de irregularidades na negociação da Covaxin.


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