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Vaquinha online é realizada para salvar a vida de filho de indigenista assassinado
A família do indigenista Bruno Pereira, assassinado em junho de 2022 no Amazonas, aos 41 anos, está enfrentando uma corrida contra o tempo para salvar a vida do filho dele, o pequeno Pedro, de apenas cinco anos. Pedro, que é filho de Bruno com a antropóloga Beatriz de Almeida Matos, foi diagnosticado com um neuroblastoma em estágio 4, uma condição oncológica grave que requer medicamentos de aproximadamente R$ 88 mil a unidade.
Diante do desespero e da luta pela sobrevivência do filho, a família decidiu iniciar uma vaquinha online. Até a madrugada desta sexta-feira (5), a arrecadação já alcançou o montante de R$ 241,4 mil, mas o objetivo é obter R$ 2 milhões para arcar com todo o tratamento da criança.
No texto que descreve a iniciativa, a viúva do indigenista ressaltou a luta do marido na defesa dos povos originários da Amazônia, destacando a dedicação de Bruno em denunciar crimes ambientais e proteger a região do desmatamento e da exploração ilegal.
Segundo a Polícia Federal, o mandante do assassinato de Bruno Pereira foi o traficante Rubens Villar, conhecido como “Colômbia”, suspeito de liderar uma organização criminosa de pesca ilegal na região da Terra Indígena Vale do Javari, na fronteira do Brasil com Peru e Colômbia.
O apelo da família para salvar a vida de Pedro é enfático: “Pedro é filho de um dos indigenistas mais combativos do Brasil. Bruno dedicou a vida à Amazônia. Denunciou crimes ambientais, combateu o desmatamento e a pesca ilegal. Agora, a batalha do Pedro é pela vida. Vamos salvar o Pedro. Colabore como puder. Pedro é nosso filho. É filho do Brasil. Salve Pedro”.
A mãe, Beatriz de Almeida Matos, que também é militante em favor da causa indígena, replicou a arrecadação em suas redes sociais, e até a última atualização, cerca de 2,6 mil pessoas já haviam contribuído. Para realizar a doação, basta acessar o link do site, inserir os dados pessoais, indicar o valor que deseja contribuir e escolher a forma de pagamento, que pode ser cartão de crédito, boleto bancário ou Pix.