
Tráfico internacional
De acordo com a Justiça americana, um grande número de estátuas, esculturas e lintéis Khmer foram alvo de tráfico internacional ao longo de várias décadas. As peças foram inicialmente levadas do Camboja para antiquários em Bangkok, Tailândia, antes de serem ilegalmente exportadas para colecionadores, empresários e museus na Ásia, Europa e Estados Unidos.
Entre os envolvidos neste esquema, o britânico Douglas Latchford foi acusado em 2019 em Nova York por tráfico de obras de arte. No entanto, sua morte interrompeu o processo judicial em curso.
No estado de Nova York, o gabinete do procurador local em Manhattan tem liderado uma grande campanha de restituição dessas peças desde 2017. Nos últimos dois anos, mais de 1.000 itens, avaliados em U$ 225 milhões (R$ 1,1 milhão), foram devolvidos a mais de 20 países, incluindo Camboja, China, Índia, Paquistão, Egito, Iraque, Grécia, Turquia e Itália.
A cidade de Nova York é amplamente conhecida como um centro de tráfico de antiguidades, e nos anos de 2021 e 2022 diversas obras foram apreendidas de museus, como o Met, e de ricos colecionadores privados em Manhattan.
O Museu Metropolitano de Arte (Met) se comprometeu, em maio, a devolver mais obras que estão em seu acervo ilegalmente.