Dívida Pública Federal volta a subir em outubro, atingindo R$ 6,172 trilhões, segundo números divulgados pelo Tesouro Nacional

A alta da Dívida Pública Mobiliária (em títulos) interna (DPMFi) também contribuiu para o aumento, subindo 1,6%, passando de R$ 5,834 trilhões em setembro para R$ 5,928 trilhões em outubro. O Tesouro emitiu R$ 46,12 bilhões em títulos a mais do que resgatou no último mês, principalmente em papéis vinculados à Taxa Selic, e a apropriação de R$ 47,47 bilhões em juros também colaborou para a elevação.
A emissão de títulos da DPMFi foi de R$ 72,224 bilhões, o volume mais baixo desde fevereiro deste ano. Com o baixo volume de vencimentos em outubro, os resgates somaram R$ 26,107 bilhões, o menor volume desde junho deste ano. Já no mercado externo, a alta do dólar em outubro aumentou a Dívida Pública Federal externa (DPFe) em 1,05%, passando de R$ 241,78 bilhões em setembro para R$ 244,32 bilhões em outubro.
O colchão da dívida pública, que é a reserva financeira usada em momentos de turbulência ou de forte concentração de vencimentos, cresceu pelo segundo mês seguido, passando de R$ 810,31 bilhões em setembro para R$ 815,6 bilhões em outubro. Atualmente, o colchão cobre 8,7 meses de vencimentos da dívida pública, com um previsto de vencimento de R$ 1,284 trilhão em títulos federais nos próximos 12 meses.
A composição da DPF também sofreu alterações, com a proporção de papéis corrigidos pelos juros básicos subindo levemente, de 38,58% em setembro para 39,19% em outubro. A emissão de títulos vinculados à Selic mudou a composição da DPF, com a fatia de títulos prefixados caindo e a fatia de títulos corrigidos pela inflação também tendo uma leve queda. O prazo médio da DPF caiu de 4,14 para 4,09 anos, e as instituições financeiras seguem como principais detentoras da Dívida Pública Federal interna.
A DPF é a forma pela qual o governo pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos financeiros e compromete-se a devolver os recursos depois de alguns anos, com alguma correção, que pode seguir a taxa Selic, a inflação, o dólar ou ser prefixada.