Indicação de Flávio Dino para o STF
O ex-presidente Lula (PT) indicou Flávio Dino para assumir um assento no STF (Supremo Tribunal Federal). Dino, que iniciou sua carreira como magistrado em 1994 e a interrompeu em 2006 para ingressar na política, retomará sua trajetória na área jurídica.
Durante os 12 anos em que atuou como juiz, Dino se destacou como um líder da categoria, ganhando notoriedade por suas ações e posicionamentos. Em sua passagem pela presidência da Ajufe (Associação dos Juízes Federais) entre 2000 e 2002, Dino defendeu bandeiras corporativistas da magistratura e travou embates com autoridades, incluindo o atual decano do STF, Gilmar Mendes, que agora o apoia para integrar a corte suprema.
Segundo outros juízes que contribuíram para a ascensão de Dino na entidade, desde aquela época ele já demonstrava um perfil combativo e de enfrentamento que o acompanharia em sua atuação política.
Dino foi um dos líderes de um movimento que visava derrotar o então presidente da Ajufe em 1998, demonstrando desde cedo seu engajamento em questões internas da magistratura. Ao longo de sua gestão, atuou em prol de melhorias salariais para os juízes e foi defensor dos patrocínios recebidos por entidades da magistratura, que visavam proporcionar maior representatividade e atuação política da categoria.
Ao ser indicado para o STF, Dino terá que passar por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado antes de ter sua nomeação analisada pelo plenário. Se aprovado, sua trajetória como magistrado e sua influência política anterior devem impactar sua atuação no órgão de cúpula do Poder Judiciário.
Dino, que se tornou juiz aos 26 anos e depois seguiu carreira política, foi eleito deputado federal em 2006 e governador em 2014, permanecendo no cargo por dois mandatos. Em 2021, foi indicado para assumir o Ministério da Justiça por Lula, consolidando sua proximidade com políticos influentes e integrantes do STF.
A indicação de Dino para o STF é vista como um movimento estratégico, já que ele conseguiu estabelecer laços com importantes ministros da corte, como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, que apoiaram sua candidatura à vaga. Sua atuação no Supremo pode gerar impactos significativos no cenário jurídico e político do país.
