Massacre de familiares em comunidade quilombola evidencia violência contra quilombolas na Bahia e em todo o Brasil.
Além das quatro vítimas fatais, uma quinta pessoa, um homem, foi atingido por disparos e foi encaminhado para uma unidade de saúde. As autoridades policiais informaram que o local foi isolado para a realização de uma perícia no local do crime.
De acordo com a Polícia Civil da Bahia, há indícios de que os homicídios possam ter sido motivados por uma disputa entre famílias rivais da comunidade quilombola. A Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq) destacou que nos últimos dez anos, 35 quilombolas foram assassinados, sendo a Bahia, com nove casos, um dos estados com maiores índices desse tipo de violência. Este ano, cinco execuções só na Bahia foram registradas pela Conaq.
Os casos de violência contra quilombolas não se limitam à Bahia. Em fevereiro, Edinaldo da Silva Amaral foi morto em Tomé-Açu (PA) e José William Santos Barros em Juazeiro (BA). Em agosto, a líder e coordenadora da Conaq Bernadete Pacífico foi assassinada em Pitanga dos Palmares, e em outubro, José Alberto Moreno Mendes, conhecido como Doka, foi morto em Itapecuru-Mirim (MA).
A tendência de violência crescente contra quilombolas é alarmante e exige atenção redobrada das autoridades. A prevenção e o combate à violência devem se tornar uma prioridade, a fim de proteger e garantir a segurança das comunidades quilombolas em todo o país. As autoridades locais e estaduais devem agir de forma eficaz para evitar que mais vidas sejam perdidas.
