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Líderes muçulmanos pedem fim imediato das operações militares em Gaza em encontro de cúpula em Riad.

Em um encontro de cúpula de nações islâmicas, em Riad, líderes da Arábia Saudita e outros países muçulmanos pediram o fim imediato das operações militares na Faixa de Gaza. Eles declararam que Israel tem responsabilidade nos “crimes” cometidos contra os palestinos. A reunião foi liderada pelo príncipe Mohammed bin Salman, líder de fato da Arábia Saudita, que tenta exercer sua influência para pressionar os Estados Unidos e Israel a encerrarem as hostilidades na Faixa de Gaza.

Dezenas de líderes, incluindo o presidente iraniano, Ebrahim Raisi; seu colega turco, Tayyip Erdogan; o xeque Tamim bin Hamad Al Thani, emir do Catar; e o presidente sírio, Bashar al-Assad, participaram da reunião. O príncipe Mohammed bin Salman afirmou que a Arábia Saudita condena veementemente a guerra na Faixa de Gaza, afirmando que estão enfrentando uma catástrofe humanitária devido ao fracasso do Conselho de Segurança e da comunidade internacional em pôr um fim às violações das leis internacionais por parte de Israel.

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, reforçou o pedido de cessar-fogo imediato, afirmando que seu povo está enfrentando uma “guerra genocida”. O presidente iraniano saudou o grupo palestino Hamas e solicitou que os países islâmicos imponham sanções de petróleo e outros bens contra Israel.

O Oriente Médio enfrenta grandes tensões desde que combatentes do Hamas invadiram Israel no dia 7 de outubro e mataram 1.200 pessoas. Desde então, os israelenses intensificaram seus ataques contra a Faixa de Gaza, onde 11.078 pessoas morreram até a sexta-feira, 40% delas crianças, de acordo com autoridades palestinas.

O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, também defendeu a convocação de uma conferência internacional de paz para encontrar uma solução permanente para o conflito entre Israel e os palestinos. Ele ressaltou a importância de um cessar-fogo permanente, afirmando que “o que é urgente em Gaza não são pausas de algumas horas, mas sim um cessar-fogo permanente”.

Erdogan criticou Israel e defendeu uma solução de dois Estados, apoiando a formação de um Estado palestino com base nas fronteiras de 1967. Ele disse que a Turquia está pronta para fazer os esforços necessários para preservar a paz.

A Turquia intensificou drasticamente suas críticas a Israel à medida que a crise humanitária em Gaza escalou. Além disso, o país hospeda membros do Hamas, que não é considerado uma organização terrorista pela Turquia, ao contrário dos Estados Unidos, do Reino Unido e de outros países do Ocidente.

A situação na Faixa de Gaza continua a causar tensões e instabilidade na região, enquanto líderes internacionais buscam soluções para o conflito entre Israel e os palestinos.

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