Adenilson Rodrigues enaltece madrasta e critica ausência de familiares no velório de Maguila

O filho mais velho do saudoso pugilista Adilson “Maguila” Rodrigues, Adenilson Rodrigues, teceu elogios à madrasta, Irani, e lamentou a falta de presença de outros familiares no velório aberto do pai, realizado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) nesta sexta-feira (25). O ícone do esporte faleceu na quinta-feira, aos 66 anos de idade.

“Mesmo nos momentos em que meu pai pensava em desistir, ela sempre esteve ao seu lado, dando-lhe força. Mesmo com a personalidade forte e turrão que ele tinha. E aqui está ela [no velório], enquanto muitos familiares ausentes faziam críticas a ela”, afirmou Adenilson, conhecido como Maguilinha.

Adenilson falou em uma coletiva ao lado de Iraci e Júnior, o único filho de Irani com Maguila.

Maguila também teve um terceiro filho, Edenilson Lima dos Santos, que, segundo Júnior, não pôde comparecer devido à distância, residindo no interior.

“Ela testemunhou situações que ninguém mais viu. Ela era quem conseguia lidar com meu pai. Dizia ‘vamos tomar os remédios’, mas ele resistia. ‘Pare de lutar’, e ele persistia”, continuou Adenilson.

Irani relatou que Maguila era tranquilo e brincalhão, porém, com o avanço da doença, começou a ter episódios de agressividade.

Últimos dias de Maguila

Até seus últimos dias, Maguila manteve o bom humor e suas piadas, de acordo com sua esposa e seu filho, Júnior Ahzura. “Ele lutou bravamente, mas infelizmente chegou ao fim de suas forças”, afirmou Júnior.

“É uma honra falar sobre alguém que fez parte da história do Brasil, nunca renegou sua origem. Agradecemos a Deus e a todos que o amam e sempre acreditaram nele”, declarou Irani emocionada.

O velório de Maguila está sendo realizado na Alesp durante este dia (25). A cerimônia será encerrada por volta do meio-dia.

Em seguida, o corpo seguirá em cortejo para São Caetano do Sul, onde acontecerá um cerimonial na Ossel.

O pugilista vinha enfrentando a encefalopatia traumática crônica, também conhecida como demência pugilística, diagnosticada em 2013, e tentava atenuar os sintomas por meio de um tratamento com canabidiol.

Maguila pode até não ter alcançado o disputado título de um dos principais cinturões mundiais, apesar de ter conquistado o menos relevante campeonato da Federação Mundial de Boxe, mas, em carisma, poucos no esporte nacional conseguiram superá-lo, o que lhe rendeu uma legião de fãs.