
Fernando Penedo *
Em tempos de crise climática e desmatamento desenfreado, a Amazônia clama por uma solução econômica sustentável e inovadora. É nesse contexto que surge a proposta da economia verde como salvadora da floresta tropical mais importante do mundo. A economia verde não só movimenta capitais e promove o desenvolvimento, mas também busca proteger a natureza e garantir um futuro sustentável para as próximas gerações.
A transformação para uma economia verde não será tarefa fácil, mas é essencial para deter a destruição da Amazônia. O Instituto Amazônia+21, através da sua Facility de Investimentos Sustentáveis (Fais), tem se destacado nesse cenário ao promover o diálogo entre diversos atores e setores em busca de soluções inovadoras e sustentáveis.
A Fais se baseia em quatro plataformas de trabalho que operam de forma integrada. A primeira plataforma foca no engajamento de diferentes atores, desde investidores até comunidades locais. A segunda plataforma está voltada para a coleta e análise de dados, auxiliando na gestão de riscos. Já a terceira plataforma oferece assistência técnica para a criação e desenvolvimento de iniciativas sustentáveis. Por fim, a quarta plataforma visa atrair investimentos para projetos que visam o desenvolvimento sustentável da região.
A estrutura da Fais é inovadora e visa atrair diferentes tipos de capital, desde investimentos comerciais até recursos não reembolsáveis. Essa abordagem híbrida visa equilibrar os riscos e garantir a viabilidade financeira dos projetos. A filantropia desempenha um papel fundamental nesse processo, ao fechar lacunas e criar condições para o financiamento do desenvolvimento sustentável.
O desafio é grande, mas as oportunidades também são significativas. Com um potencial econômico estimado em R$ 1,5 trilhão por ano, a região amazônica pode se tornar um polo de desenvolvimento sustentável e inovador. No entanto, a urgência é evidente, e a Amazônia está próxima de atingir um ponto de não retorno. A Fais representa uma esperança real de transformação e desenvolvimento justo para a região.
* Líder de Operações e Projetos do Instituto Amazônia+21, é mestre em Políticas Públicas pela UFABC, com MBA em Gestão de Negócios Sustentáveis pela UFF.
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