Vendas de títulos do Tesouro Direto atingem valor recorde de R$ 8,01 bilhões em agosto, superando marca anterior
Os dados foram divulgados com um pequeno atraso devido à greve dos servidores do Tesouro Nacional, que impactou a venda de títulos do programa por três vezes em menos de um mês. Dois fatores foram apontados como responsáveis pelo alto volume de vendas em agosto: o vencimento de títulos de longo prazo corrigidos pela inflação e a emissão de títulos corrigidos pela Taxa Selic, que atingiram R$ 3,34 bilhões.
Os títulos mais procurados pelos investidores foram os corrigidos pela inflação, representando 46,6% das vendas, seguidos pelos vinculados à Selic, com 41,7%, e pelos prefixados, totalizando 7,8%. O Tesouro Direto, destinado ao financiamento de aposentadorias, e o Tesouro Educa+, voltado para poupança para o ensino superior, também tiveram participações nas vendas, com 2,4% e 1,5%, respectivamente.
O aumento do interesse por títulos vinculados à Selic se deve, em parte, à alta da taxa, que passou de 10,5% para 10,75% ao ano. Além disso, a expectativa de novas elevações torna esses papéis ainda mais atrativos para os investidores. Já os títulos corrigidos pela inflação têm chamado a atenção devido à previsão de aumento da inflação nos próximos meses.
O balanço geral do Tesouro Direto mostrou um estoque total de R$ 141,54 bilhões no final de agosto, com uma queda em relação ao mês anterior, por conta dos resgates que superaram as vendas em R$ 4,94 bilhões. Em relação ao número de investidores, houve um aumento de 303,56 mil participantes cadastrados no programa no último mês.
O Tesouro Direto foi criado em 2002 com o objetivo de popularizar esse tipo de investimento e permitir que pessoas físicas adquiram títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, de forma online. Essa modalidade de captação de recursos é crucial para o governo honrar seus compromissos e pagar suas dívidas, oferecendo aos investidores a oportunidade de obter retornos atrativos.
