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Ministro brasileiro chega à Rússia para participar da 16ª cúpula do Brics sem discutir tema da guerra entre Rússia e Ucrânia.

O chanceler Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasil, desembarcou na Rússia nesta segunda-feira (21) para participar da 16ª cúpula do Brics, que acontece entre os dias 22 e 24 de outubro. Ao ser questionado por jornalistas se a situação na Ucrânia seria tema de discussão no encontro, Vieira foi enfático em afirmar que o foco da reunião é a cooperação entre os países membros do bloco.

Segundo o chanceler brasileiro, a intenção da cúpula é fortalecer a parceria entre os integrantes, ressaltando a importância da Rússia, mesmo diante do conflito armado com a Ucrânia desde fevereiro de 2022. Vieira também destacou que um dos pontos centrais dos debates será a possibilidade de novos países se associarem ao Brics.

Com cerca de 30 nações demonstrando interesse em ingressar no grupo, a expansão do Brics tem sido um assunto em destaque. Os líderes presentes na cúpula discutirão as modalidades de participação dos novos membros associados, com critérios a serem definidos ao longo do encontro.

Questionado sobre a possibilidade da Venezuela se tornar um membro associado, Mauro Vieira afirmou que todos os países candidatos têm chances de ingressar. Além disso, a expectativa é que, após a definição dos critérios para a adesão de novos membros, novas associações sejam anunciadas durante o evento.

A presença do chanceler brasileiro se deu em decorrência de um acidente doméstico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o impediu de participar da cúpula. Esta será a primeira reunião do Brics com a inclusão dos novos membros – Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Etiópia – que passam a fazer parte do grupo ao lado do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Com a expectativa da presença de 32 países, sendo 23 representados por líderes de Estado, a cúpula do Brics também deve abordar medidas para reduzir a dependência do dólar no comércio entre os países e fortalecer instituições financeiras alternativas ao FMI e ao Banco Mundial. O grupo, que representa cerca de 36% do PIB global e 42% da população mundial, busca consolidar sua posição como um protagonista no cenário econômico internacional.

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