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Ministro anuncia medidas para aliviar endividamento de agricultores familiares, incluindo programa de repactuação de dívidas e assistência técnica especializada.

O ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) anunciou que o governo está trabalhando em uma série de medidas para auxiliar agricultores familiares que estão endividados. Uma das iniciativas é o programa Desenrola Rural, que visa repactuar as dívidas desses trabalhadores do campo.

De acordo com Teixeira, o Ministério da Fazenda está finalizando o programa e o texto deve ser concluído no início de novembro. Além do Desenrola Rural, outras medidas estão sendo preparadas, como uma destinada a agricultores que estão com restrições nos bancos por terem feito acordos desvantajosos com instituições financeiras.

“Mesmo que a dívida não esteja visível, essas pessoas têm dificuldade em obter empréstimos”, explica o ministro. “Estamos negociando com os bancos para que eles possam acessar crédito do Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar]. Com essa segunda medida, muitos agricultores serão incluídos no sistema bancário.”

O Ministério pretende apresentar duas propostas ao Congresso até o final do ano. Uma delas é a criação de um sistema nacional de assistência técnica e extensão rural, que visa oferecer suporte de agrônomos, engenheiros florestais, biólogos e veterinários aos agricultores, para aumentar sua produtividade e competitividade.

Outra iniciativa é o programa de cobertura florestal com espécies produtivas, que busca alterar a maneira como as florestas são vistas. “Atualmente, a ideia é que desmatar a floresta seja mais lucrativo, com pastagens e cultivo de soja. Queremos mudar essa lógica, de forma que manter a floresta em pé seja rentável, com cultivo de frutas como açaí, cupuaçu, castanha, cacau, acerola, entre outras”, ressalta Teixeira.

Essa mudança traz benefícios econômicos, como explicado pelo ministro: “Por exemplo, o açaí tem um rendimento 10 vezes maior que a soja e a pecuária. O cacau está em alta no mercado. Além disso, é possível ter uma pecuária mais sustentável dentro desse contexto.”

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