
Impacto das Mudanças Climáticas e o Fim do Mundo
No último mês, John Morales, renomado meteorologista especialista em furacões, foi às lágrimas ao falar sobre os efeitos devastadores do furacão Milton em uma emissora de televisão no sul da Flórida. Poucos dias depois, a repórter Rachel Krahenbuhl não conteve a emoção e também chorou ao vivo na Globonews, enquanto cobria os danos causados pelo furacão, sendo acolhida pela apresentadora Andrea Sadi.
Um sentimento de apreensão e impotência tem se espalhado entre a população, levantando a preocupação sobre a possibilidade real de que a humanidade possa ser varrida da face da Terra. O que antes parecia ser um tema abordado principalmente por grupos religiosos, agora ecoa com maior frequência nos meios científicos e acadêmicos, alertando para um potencial cenário apocalíptico nas próximas décadas.
Para os cristãos, as divergências sobre os eventos que marcarão o fim do mundo são acompanhadas por uma atitude de esperança. Passagens bíblicas, como as do evangelho de Lucas, sugerem que é preciso encarar os sinais do apocalipse com coragem e firmeza, na expectativa de redenção e renovação.
Mesmo diante das adversidades e desastres iminentes, os cristãos são chamados a enfrentar o futuro com otimismo. A crença de que o fim trará um novo começo contribui para a serenidade com que muitos lidam com esse tema apocalíptico, muitas vezes fonte de ansiedade para muitos.
A confiança na proteção divina durante eventos catastróficos é a base da imperturbabilidade característica dos cristãos. Citando palavras de Jesus registradas em Lucas, a promessa de preservação e cuidado mesmo em meio a calamidades fortalece a fé e a resiliência.
Diante dessa postura de fé, muitos observadores externos podem interpretar a tranquilidade dos evangélicos diante do fim do mundo como alienação ou arrogância. No entanto, entender e avaliar essa perspectiva sem considerar seu contexto de crença é um exercício de arbitrariedade.
No Brasil, a esperança na volta de Jesus e na proteção divina tem sido uma fonte de consolo para comunidades de fé, especialmente em regiões periféricas assoladas pela violência e insegurança. A crença proporciona um suporte emocional e cognitivo para enfrentar os desafios do cotidiano.
Impacto da Fé no Contexto Atual
Em 2022, a Organização Mundial da Saúde reconheceu o impacto das mudanças climáticas na saúde mental das populações. Recomendações do órgão destacam a importância de saberes tradicionais e comunitários para promover resiliência psicossocial, destacando a relevância do cristianismo, com sua longa história lidando com catástrofes, como uma dessas fontes de sabedoria.
O sociólogo Max Weber observou que as religiões são construções históricas, que transcendem a lógica racional. Essa perspectiva ajuda a compreender a postura dos evangélicos diante do fim do mundo, baseada na crença de que após o apocalipse haverá uma nova era, guiada pela vontade divina.
A esperança na volta de Jesus não apenas oferece consolo emocional diante das adversidades, mas também pode inspirar ações concretas para enfrentar a crise climática. O teólogo N.T. Wright resumiu essa abordagem com a frase impactante: “Jesus está voltando, plante uma árvore”, incentivando a colaboração na restauração do planeta em antecipação ao retorno do Salvador.