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Ministro da Fazenda garante que arcabouço fiscal terá “vida longa” após reunião com presidentes de bancos e Lula.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em coletiva realizada nesta quarta-feira (16), destacou a importância de garantir a sustentabilidade do arcabouço fiscal do país a longo prazo. Após um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), no Palácio do Planalto, Haddad ressaltou a necessidade de apresentar um conjunto de medidas de corte de gastos para alcançar as metas de resultado primário estabelecidas.

Durante a reunião, o ministro enfatizou que a dinâmica entre receitas e despesas deve ser equilibrada de forma coerente com a realidade econômica do país. Haddad expressou preocupação com a sustentabilidade futura do arcabouço fiscal, comparando-o ao teto de gastos que teve uma vida curta. Ele mencionou a importância de dialogar com os líderes parlamentares para ajustar as despesas de acordo com os constrangimentos atuais da economia brasileira.

A Febraban, por sua vez, destacou a importância do equilíbrio da Previdência e dos efeitos da perícia sobre a concessão de benefícios para alcançar a sustentabilidade fiscal. Além disso, a entidade bancária fez um balanço da reforma trabalhista e do diálogo com os sindicatos para aprimorar o relacionamento com os trabalhadores e evitar a judicialização desnecessária que impacta nos custos do crédito.

Durante o encontro, foi discutida a elevada taxa de juros bancários no país, levando o presidente Lula a autorizar a instalação de um grupo de trabalho no Conselhão para analisar as causas desse cenário. A Febraban ressaltou a importância de avançar no equilíbrio fiscal para dissipar incertezas e criar um ambiente de crédito saudável com juros mais baixos.

Em relação à taxa básica de juros, a Selic, utilizada pelo Banco Central para controlar a inflação, foi definida em 10,75% ao ano pelo Copom. A expectativa do mercado financeiro é de um novo aumento da taxa básica na próxima reunião do Copom, com previsão de encerramento de 2024 em 11,75% ao ano.

Nesse contexto, o governo e o setor financeiro buscam alinhar estratégias para promover o equilíbrio fiscal, garantir a sustentabilidade econômica e democratizar o acesso ao crédito no país. A busca por medidas eficazes e sustentáveis reflete o compromisso mútuo em fortalecer a economia brasileira e garantir um ambiente favorável ao crescimento.

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