Washington Olivetto: o mestre da publicidade brasileira
O mundo da publicidade brasileira perdeu uma de suas maiores lendas neste domingo (13). Aos 73 anos, faleceu Washington Olivetto, o principal publicitário dos 103 anos de história da Folha de S.Paulo. Sua genialidade e criatividade marcaram época, e uma das suas campanhas mais icônicas foi “Hitler” (1987), que conquistou o Leão de Ouro em Cannes, o mais prestigiado festival de criatividade do mundo.
A parceria de Olivetto com a Folha foi um marco para o jornalismo nacional. A visão corajosa e verdadeira do publicitário paulistano ajudou a elevar a imagem do jornal, trazendo prêmios internacionais e reconhecimento para a Folha. Olivetto sempre se referiu às campanhas mais marcantes do jornal como “simples, corajosas e verdadeiras”.
Em 1987, Luiz Frias, atual publisher do Grupo Folha, procurava um talento emergente na publicidade brasileira e encontrou em Olivetto a parceria ideal. O resultado foi a criação da campanha do alarme, que associava a sirene do alarme a manchetes impactantes, como forma de destacar a relevância da Folha de S.Paulo.
A campanha “Hitler” foi um marco na publicidade brasileira. Com um conceito inovador e ousado, Olivetto e sua equipe da W/GGK surpreenderam o público ao transformar pontos pretos em um retrato de Adolf Hitler, transmitindo a mensagem de que é possível contar muitas mentiras dizendo apenas a verdade. O sucesso dessa campanha refletiu-se nas premiações em Cannes e na influência que exerceu sobre outras campanhas da Folha nos anos seguintes.
A morte de Washington Olivetto deixa um legado inestimável para a publicidade brasileira. Sua genialidade continuará inspirando gerações futuras de publicitários e profissionais da comunicação. O seu trabalho deixou uma marca indelével na história da propaganda e da imprensa no Brasil.
Em homenagem ao mestre da publicidade, a Folha lançou a campanha “Amarelo/Democracia”, reafirmando seu compromisso com os valores democráticos. Washington Olivetto será lembrado não apenas como um ícone da publicidade, mas como um visionário que transformou a maneira como enxergamos a comunicação no Brasil.