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Quarto voo da FAB repatria brasileiros do Líbano para São Paulo, totalizando 885 resgatados pela ação governamental de emergência.

Neste sábado (12), o quarto voo da Força Aérea Brasileira (FAB) que resgatou brasileiros do Líbano desembarcou na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, às 07h11. Essa operação faz parte da chamada Operação Raízes de Cedro, que já repatriou 885 pessoas desde o seu início. Esse resgate foi determinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva devido ao acirramento do confronto entre Israel e o grupo Hezbollah no Líbano.

O voo que partiu de Lisboa, em Portugal, transportou 211 passageiros, incluindo 12 crianças de colo. A logística desse processo de repatriação envolveu o uso de aeronaves e servidores da FAB, além de um intenso trabalho de articulação do Itamaraty. Segundo o governo federal, cerca de três mil brasileiros manifestaram o desejo de retornar ao Brasil, do total de 20 mil que compõem a comunidade brasileira no Líbano.

Diversos relatos emocionados marcaram o desembarque dos resgatados. Entre eles, está o de Ola Sleiman, uma jovem de 19 anos que retornou ao Brasil após nove anos no Líbano. “Viver lá era bem tranquilo, mas tudo mudou. Fomos aprender um pouco mais de árabe e aconteceu o que aconteceu e voltamos. Graças a Deus temos o Brasil para voltar”, declarou Ola, agradecendo ao governo brasileiro pelo retorno seguro ao país.

Outro resgatado, Hassal Ahmad, de 46 anos, viveu uma década no Líbano com a sua família e descreveu a tensão de viver próximo às áreas de conflito. “As bombas estavam bem perto de nós. Você vive com muito estresse, não sabíamos a que horas uma bomba podia cair sobre nós. Por isso voltamos ao Brasil. As meninas são brasileiras”, relatou Ahmad, demonstrando gratidão pelo retorno.

Esses relatos sensíveis revelam a angústia e a insegurança enfrentadas por muitos brasileiros que viviam no Líbano durante esse período conturbado. A ação do governo brasileiro, por meio da FAB, demonstra a solidariedade e o comprometimento em ajudar cidadãos em situações de conflito. As operações de resgate continuarão, mostrando o cuidado e a preocupação do Brasil com seus cidadãos em território estrangeiro.

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