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Aumento de Labirintopatias em Mulheres Acima de 40 Anos Preocupa Especialistas
O Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) registrou um aumento de 11% nos casos de labirintopatias em mulheres acima dos 40 anos no primeiro semestre de 2024 comparado ao mesmo período de 2023. Essa condição, que afeta o equilíbrio e causa sintomas como tontura, vertigem e desequilíbrio, é influenciada por fatores hormonais e metabólicos, especialmente nessa faixa etária.
O sistema de equilíbrio, que envolve o labirinto (localizado no ouvido interno), a visão e sensores nos músculos e articulações, é responsável por manter a estabilidade e a postura do corpo.
A otorrinolaringologista Maria Dantas, porta-voz do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), explica que esse aumento das labirintopatias pode estar ligado a alterações hormonais associadas a menopausa, pré-menopausa e climatério, que afetam a circulação no labirinto.
A médica explica que as ondas de calor que o paulistano enfrentou no último ano também podem piorar a condição, principalmente se as pessoas deixam de beber água. A desidratação pode afetar o metabolismo, diminuir a circulação no labirinto e agravar comorbidades como diabetes e doenças cardiovasculares.
No contexto pós-pandemia, observa a médica, houve um aumento da conscientização em relação à saúde e mais pessoas têm buscado atendimento médico. Além disso, as mulheres tendem a procurar mais os serviços de saúde, o que pode influenciar a maior detecção dos casos.
Certas condições de saúde, como pressão alta, diabetes e colesterol alto, podem afetar a circulação de sangue no ouvido interno, o que contribui para problemas de equilíbrio e tontura.
Tratamento e Prevenção de Labirintopatias
O diagnóstico de labirintopatias envolve identificar a causa da tontura, que pode ser decorrente de alterações hormonais, metabólicas, problemas no sistema nervoso central, como um AVC, ou de disfunções no próprio labirinto.
O uso excessivo de remédios e hormônios sem orientação médica pode agravar esses quadros e, por isso, o tratamento depende da causa da tontura.
A médica explica que, na maioria dos casos em mulheres com mais de 40 anos, ajustar o estilo de vida com exercícios regulares, alimentação equilibrada e controle do estresse é suficiente para melhorar os sintomas.
Roseli Bittar também alerta que a busca exagerada pelo corpo perfeito tem levado muitas mulheres a usar suplementos e hormônios sem acompanhamento, o que pode piorar os sintomas.