Senador Cleitinho se mostra contrário à alteração da Lei da Ficha Limpa e alerta para possíveis benefícios a políticos condenados com PLP 192/2023.
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Em um pronunciamento impactante nesta quarta-feira (9), o senador Cleitinho, do partido Republicanos de Minas Gerais, demonstrou sua clara oposição à alteração da Lei da Ficha Limpa. O projeto de lei complementar (PLP) 192/2023, que já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, teve sua votação adiada no Senado devido a um pedido do relator, senador Weverton, do PDT do Maranhão.
Proposto inicialmente pela deputada Dani Cunha, do partido União do Rio de Janeiro, o projeto visa alterar a contagem de início e o prazo de duração da inelegibilidade em casos de condenação, estabelecendo um período fixo de oito anos durante o qual os candidatos ficam impedidos de concorrer a eleições. Atualmente, esse prazo pode ser ainda mais longo, dependendo do início da contagem. Cleitinho ressaltou que políticos como Eduardo Cunha e Sérgio Cabral poderiam se beneficiar com essa mudança.
Enfatizando sua preocupação, o senador declarou: “Em vez de fortalecer a Lei da Ficha Limpa para assegurar que políticos corruptos jamais possam se candidatar novamente, estamos presenciando um projeto que poderia permitir o retorno desses indivíduos à política”.
Além disso, Cleitinho revelou que apresentou um novo projeto de lei para garantir o direito ao voto opcional, ressaltando sua visão democrática: “Este projeto é extremamente democrático. Se você não deseja votar, não será obrigado a fazê-lo. Mas se você quer exercer seu direito ao voto e se sentir representado, vá em frente e vote”, afirmou o senador.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)