Trânsito e História: A Destruição do Patrimônio na Rua Reitor Azevedo do Amaral

A Rua Reitor Azevedo do Amaral, no Centro do Rio de Janeiro, esconde sob seu asfalto uma rica história. Nomeada em homenagem ao matemático e reitor da antiga Universidade do Brasil, Inácio Manuel Azevedo do Amaral, a via conecta importantes pontos da região, como a Rua Uruguaiana e o Largo de São Francisco de Paula.

Nesse cenário histórico, a rua preserva a memória da arquitetura colonial fluminense, com edifícios como o Magazine Sloper e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos. No entanto, sua importância está sendo ofuscada pela ação do Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Detro-RJ) que transformou a artéria em um estacionamento caótico e desrespeitoso.

Apesar da região central contar com diversos estacionamentos, a Reitor Azevedo do Amaral viu-se tomada por carros diariamente, atropelando sua história e beleza bucólica. Como resultado, pedestres e defensores do patrimônio histórico vêm protestando contra essa agressão ao passado.

Embora haja opções de estacionamento na região, o Detro insiste em manter a situação, gerando transtornos à população e desrespeitando a importância cultural da rua. A necessidade de um choque de ordem que respeite as leis, a população e a história nacional no Centro do Rio é urgente.

O Governo do Estado possui recursos, como o Terminal Meneses Cortes, que poderiam servir de garagem para os funcionários do Detro, demonstrando que a utilização da Rua Reitor Azevedo do Amaral como estacionamento não é justificável em face das outras opções disponíveis.

É necessário que as autoridades locais atentem para a preservação do patrimônio histórico e cultural da cidade, tomando ações concretas para reverter a degradação da Rua Reitor Azevedo do Amaral e resgatar a importância desta via para a identidade do Rio de Janeiro.