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Aplicativos de relacionamento no Brasil ampliam opções para além de amor e sexo, investindo em conexões de amizade, trabalho e hobbies

Aplicativos de relacionamento oferecem mais do que amor e sexo para usuários brasileiros

Os aplicativos de relacionamento estão buscando oferecer uma gama mais ampla de conexões para os usuários brasileiros, indo além do amor e do sexo. As plataformas estão investindo em amizades, networking profissional e hobbies, a fim de competir com as redes sociais, que ainda são as favoritas para encontrar parceiros românticos.

O Tinder, por exemplo, registrou um aumento de 10,5% na busca por amizade entre os usuários brasileiros entre janeiro e setembro de 2024. Além disso, os usuários podem sinalizar se desejam “um relacionamento sério”, algo casual ou ainda estão indecisos.

O Happn, outro aplicativo de relacionamento, irá lançar uma função dedicada exclusivamente a fazer novas amizades no Brasil até o final do ano. Recentemente, a plataforma introduziu um recurso que conecta os usuários com base em locais frequentados.

O Brasil representa quase 20% da base de usuários do Happn, com 29 milhões de usuários, e é um dos países onde as pessoas passam mais tempo online, trocando curtidas e mensagens. Porém, o alto engajamento nem sempre resulta em muitos casais formados.

O Bumble, presente no Brasil desde 2016, oferece opções não apenas para relacionamentos amorosos, mas também para amizades e networking profissional. Em 2023, foi lançado o Bumble For Friends, um aplicativo separado exclusivamente para amizades, em resposta à alta demanda por “conexões platônicas” entre os clientes.

Apesar de os aplicativos de relacionamento serem vistos como uma forma de facilitar conexões, as redes sociais ainda são mais citadas que os aplicativos especializados como meios de encontrar parceiros. O Tinder é o mais popular no segmento, seguido pelo Badoo e outros sites de bate-papo.

O cenário de “dating app fatigue” não é exclusivo do Brasil, e os grupos controladores dos aplicativos estão apostando em novos recursos globalmente para reverter a desaceleração no uso pós-pandemia.

Para especialistas, como Bianca Dramali e Regina Navarro Lins, os aplicativos de relacionamento precisam se adaptar às mudanças no comportamento do consumidor e oferecer uma experiência mais ampla e diversificada. As pessoas estão buscando novas formas de conexão e relacionamento, indo além dos modelos tradicionais.

Embora muitos usuários usem os aplicativos para encontrar amigos e parceiros, nem sempre a experiência é satisfatória. Algumas pessoas como Ludmila Oliveira Moraes e Alessandra Ueno relatam desafios em estabelecer relações genuínas, seja de amizade ou de romance, por meio dessas plataformas.

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