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União Europeia caminha para “guerra fria econômica” com a China, alerta primeiro-ministro húngaro. Orbán critica tarifas e defende negociações.

Guerra fria econômica entre UE e China: Orbán alerta para consequências

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, fez um alerta nesta sexta-feira (4) sobre a possível escalada para uma “guerra fria econômica” entre a União Europeia e a China. A Comissão Europeia anunciou que recebeu apoio dos estados-membros para impor tarifas de até 45% sobre importações de veículos elétricos chineses, como uma medida para combater supostos subsídios injustos por parte da China.

Orbán, que liderou uma iniciativa para atrair investimentos chineses para a Hungria, expressou preocupação com a divisão do mundo em dois blocos econômicos e ressaltou a importância de manter relações comerciais equilibradas com ambos os lados. Ele destacou que a Hungria não estava interessada em ser pressionada por nenhum dos blocos em conflito e que desejava continuar negociando com todos os parceiros.

A produção industrial na Hungria registrou uma queda de 9,5% em agosto, atribuída em parte à desaceleração da economia alemã, um dos principais destinos das exportações húngaras. Orbán salientou a importância de manter a neutralidade econômica do país, apesar das tensões entre a UE e a China.

Investimentos Chineses na Hungria

Empresas chinesas, como a CATL e a BYD, têm realizado grandes investimentos na Hungria, com destaque para a construção de uma fábrica de baterias e de veículos elétricos. Esses investimentos geraram polêmica, especialmente entre os Estados Unidos, que criticam a postura de Orbán em relação à China.

A suspensão de financiamentos da UE para a Hungria devido a preocupações com o Estado de Direito levou o país a buscar empréstimos de bancos chineses para financiar projetos de infraestrutura e energia. Essa situação levanta questionamentos sobre a soberania do país e as condições impostas pelos parceiros comerciais.

Folha Mercado

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