No debate eleitoral realizado na TV Globo nesta quinta-feira (4), os adversários do prefeito do Recife e candidato à reeleição, João Campos (PSB), levantaram questionamentos sobre a ausência de imagens do presidente Lula (PT) em sua propaganda eleitoral no rádio, na televisão e nas redes sociais durante a campanha.
O candidato do PSOL, Dani Portela, foi a primeira a abordar o assunto, questionando Campos sobre sua posição política. O prefeito, que tem evitado discutir esse tema durante a campanha, respondeu: “Tenho sim uma posição política, sou um progressista de centro-esquerda, as pessoas sabem disso”.
Uma pesquisa Datafolha divulgada no mesmo dia apontou João Campos liderando a corrida eleitoral no Recife, com 74% das intenções de voto, seguido por Gilson Machado (PL) com 10%, Daniel Coelho (PSD) com 5% e Dani Portela com 4%. Todos os candidatos estiveram presentes no debate.
Durante o evento, João Campos procurou não se posicionar de forma a afastar eleitores bolsonaristas que demonstram interesse em votar nele, de acordo com as pesquisas. No entanto, o prefeito fez questão de agradecer a Lula, afirmando: “Sou grato às parcerias sim com o presidente Lula”.
Dani Portela destacou a falta de presença de Lula nas peças publicitárias de João Campos e nas redes sociais do candidato. Ela ressaltou a importância dos investimentos que o ex-presidente trouxe para Pernambuco e Recife.
Em outro momento, Gilson Machado empregou críticas ao governo Lula para provocar Campos e elogiar Dani Portela. Ele enfatizou os problemas econômicos e políticos do país durante o governo Lula, criticando o fato de João Campos “esconder” Lula nas redes sociais enquanto busca votos do eleitorado petista.
Os embates entre os candidatos contribuíram para esclarecer as propostas e posicionamentos de cada um, com destaque para a defesa do armamento da Guarda Municipal do Recife por Daniel Coelho, apoiado pela governadora Raquel Lyra. Este tema também foi abordado por Campos, que prometeu para sua gestão.
O debate ainda evidenciou as críticas à atual gestão de João Campos, com apelos para que a eleição siga para um segundo turno a fim de garantir uma análise mais aprofundada das propostas e ações dos candidatos. A preocupação com questões como segurança pública, infraestrutura e desigualdades sociais foi central nos discursos dos postulantes.
Em relação à proteção dos morros do Recife, houve divergências entre Campos e Machado, com críticas e acusações mútuas. O embate entre os candidatos refletiu a tensão e competitividade do cenário político para a eleição na capital pernambucana.
