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UNRWA faz apelo urgente pela entrada de combustível na Faixa de Gaza para evitar colapso humanitário

A Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA) fez um pedido urgente para que seja permitida a entrada de combustível na Faixa de Gaza. Nos últimos dias, três comboios com ajuda humanitária conseguiram atravessar a fronteira com o Egito, porém, o combustível não foi autorizado a entrar.

A UNRWA considera que o suprimento atual é insuficiente diante da magnitude da crise humanitária que assola a região. Philippe Lazzarini, Comissário-geral da agência, alertou que se o combustível não for permitido nos próximos três dias, a assistência humanitária será gravemente afetada. Hospitais, padarias e o acesso à água pela população ficarão comprometidos.

Lazzarini faz um apelo para que todas as partes envolvidas na questão atuem imediatamente para permitir o fornecimento de combustível à Faixa de Gaza. Ele destaca a importância de se garantir que o produto seja estritamente utilizado para evitar um colapso da resposta humanitária.

A crise em Gaza já levou ao deslocamento de cerca de 1,4 milhão de pessoas, sendo que aproximadamente 580 mil estão abrigadas em um dos 150 abrigos da UNRWA. O combustível é essencial para o funcionamento de equipamentos de dessalinização da água do mar, assim como hospitais e padarias.

O Escritório da ONU para Assuntos Humanitários (OCHA) informou que, apesar da disponibilidade limitada de combustível, os equipamentos de dessalinização nos abrigos da UNRWA continuam em funcionamento, garantindo o fornecimento de água potável. No entanto, o transporte de água foi interrompido na maioria das áreas devido à falta de combustível, insegurança e estradas bloqueadas por escombros.

A situação se agrava com a escassez de água engarrafada, que se tornou praticamente indisponível e inacessível para a maioria das famílias. Os vendedores privados, que operam pequenas estações de dessalinização e purificação de água com energia solar, tornaram-se os principais fornecedores de água potável na região.

Nesta segunda-feira, o Ministério da Saúde em Gaza alertou que a falta de combustível para as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) neonatal pode levar à morte de recém-nascidos em questão de minutos. A situação é extremamente grave e exige uma ação imediata por parte das autoridades responsáveis. A entrada de combustível é urgente para garantir a sobrevivência da população em Gaza.

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