Análise Econômica – Dólar em queda e impactos globais

Hoje, o mercado financeiro mundial abriu a semana com o dólar em leve queda. Os investidores estão atentos ao relatório de emprego de setembro nos Estados Unidos, esperando por sinais sobre o próximo movimento do Federal Reserve, o BC dos EUA.

Por volta das 9h06, o dólar estava 0,26% mais baixo, cotado a R$ 5,4190. Na última sexta-feira, a moeda fechou em queda de 0,15%, a R$ 5,436, enquanto a Bolsa também recuou, atingindo 132.730 pontos.

O mercado foi impulsionado na sexta-feira pela divulgação de dados de inflação nos EUA e pelas medidas de estímulo econômico da China.

O PCE, principal indicador de inflação acompanhado pelo Fed, apresentou um aumento de 0,1% em agosto, desacelerando em relação ao mês anterior. No acumulado de 12 meses, permaneceu em 2,2%, enquanto o núcleo do PCE teve alta de 0,1%.

O Federal Reserve, em sua última decisão de política monetária, realizou o primeiro corte nos juros em mais de quatro anos, diminuindo 0,50 ponto percentual e estabelecendo a taxa entre 4,75% e 5%. O mercado espera mais cortes nas próximas reuniões, que dependerão dos indicadores econômicos dos EUA.

O anúncio do pacote de estímulos econômicos pela China também influenciou a desvalorização do dólar globalmente, com a redução da taxa de compulsório de bancos em 0,50 ponto percentual, injetando 1 trilhão de iuanes no sistema bancário.

Os mercados emergentes têm se beneficiado dos estímulos chineses, com moedas como o peso mexicano e chileno se valorizando em relação ao dólar. No entanto, no Brasil, preocupações com inflação e contas públicas limitaram os ganhos do real, com o IGP-M acelerando em setembro e a taxa de desemprego em queda.

Diante desse cenário, a harmonia entre a política monetária e fiscal é crucial para a estabilidade econômica, conforme destacou o presidente do BC, Roberto Campos Neto, em evento recente.

Com Reuters