Violência contra a mulher: um problema alarmante no Brasil

30/09/2024 – 08:45

Dados recentes revelam uma realidade assustadora: uma mulher é assassinada a cada 1h30 no Brasil, vítima de violência doméstica. Além disso, anualmente são registrados 50 mil casos de estupro no país. Essa situação alarmante demanda uma ação urgente tanto no âmbito simbólico quanto cultural.

Com o objetivo de incentivar a discussão sobre a violência contra a mulher, a TV Câmara produziu uma série com cinco episódios abordando os diferentes tipos de violência que afetam as mulheres.

Além disso, estão abertas as inscrições, até 4 de outubro, para o concurso de obras audiovisuais “Pelo Fim da Violência contra a Mulher”, promovido pela Secretaria da Mulher em parceria com a TV Câmara, e inspirado na Lei Maria da Penha.

Reportagens produzidas pela TV Câmara:

A Lei Maria da Penha, criada em 2006, lista diversas formas de violência contra a mulher, como a física, psicológica, moral, sexual e a violência patrimonial, esta última menos conhecida, ocorre quando o agressor utiliza recursos financeiros e bens para controlar a vítima.

A violência contra a mulher não se restringe apenas ao ambiente doméstico, alcançando também o cenário político. Nos últimos três anos, o Ministério Público Federal registrou 215 casos de violência política de gênero no Brasil, todos direcionados às mulheres, incluindo vereadoras, prefeitas, deputadas, senadoras e candidatas.

Embora o parto seja um momento marcante na vida das mulheres, muitas enfrentam desrespeito e violência no processo. A violência obstétrica, que pode ocorrer desde o pré-natal até o pós-parto, afeta 1 a cada 4 gestantes no Brasil, conforme a Fundação Perseu Abramo.

Casos como o de Renata, estuprada aos 12 anos e ainda lidando com as sequelas quarenta anos depois, demonstram a cruel realidade vivida por muitas mulheres. Nos primeiros cinco meses de 2024, foram registrados quase 57 mil casos de estupro no país, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A violência psicológica e moral são intimamente ligadas, visto que as formas de agressão são semelhantes e causam danos significativos ao bem-estar emocional das vítimas.

Da Redação – RL