Dados do TSE indicam redução no número de candidatos para as eleições de 2024

Recentemente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou dados preocupantes sobre o cenário político do Brasil. A apenas uma semana das eleições de 2024, foi revelado que 463 mil pessoas solicitaram registro para concorrer aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador. Esses números representam uma queda significativa em relação às eleições anteriores, como as de 2020.

Em termos mais específicos, neste ano, 15.573 candidatos estão disputando uma das 5.569 vagas de prefeito em todo o país. Em comparação com as eleições passadas, onde 18.416 pessoas se candidataram a prefeituras, o declínio é evidente. O mesmo se aplica aos cargos de vice-prefeito, com 15.812 candidatos neste ano, um número menor em relação ao pleito anterior.

Para as câmaras municipais, o número de candidatos também apresentou uma diminuição. São mais de 431 mil pessoas disputando as 58 mil cadeiras disponíveis, contra os quase 481 mil candidatos de 2020. Segundo o pesquisador da Universidade de Brasília Mamede Said, a redução nas candidaturas está diretamente relacionada ao desencanto com a política, principalmente entre os mais jovens, devido à atuação dos atores políticos.

Perfil dos candidatos

Além dos números de candidaturas, o TSE divulgou informações importantes sobre o perfil dos concorrentes. Este ano, as mulheres representam 34% das candidaturas, mantendo um patamar semelhante ao das eleições anteriores. Os homens compõem 66% do total de candidatos. Também houve um aumento significativo de candidatos que se identificam com nomes sociais, passando de 133 em 2020 para 348 neste ano.

Quanto à raça, pessoas brancas representam a maioria dos candidatos, com 46,83% do total. Pessoas pardas e pretas somam 40,3% e 11,32%, respectivamente. Além disso, foram registrados 3.590 candidatos quilombolas, representando cerca de 1% do total.

Em relação à importância do eleitor conhecer os candidatos e suas propostas, o professor Mamede Said ressalta que participar do processo eleitoral e dos partidos políticos é fundamental para interferir nos negócios públicos.

Reportagem – Giulianno Cartaxo
Edição – Rachel Librelon