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Reunião entre Lula e primeiro-ministro haitiano destaca crise no país
No dia 23 de setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com o primeiro-ministro do Haiti, Garry Conille, em Nova York. Após o encontro, Lula destacou a necessidade de responsabilidade global e criticou a falta de solidariedade internacional com a crise no Haiti.
“Nós temos que assumir responsabilidade —não o Brasil, o mundo— com o Haiti. Não é possível. O país está se deteriorando e a solidariedade internacional, zero”, afirmou Lula aos jornalistas.
O Haiti enfrenta uma grave crise, com gangues criminosas dominando parte do território. O assassinato do então presidente Jovenel Moïse em 2021 é um dos pontos mais tensos desse cenário.
Uma missão multinacional liderada pelo Quênia tem atuado no país para auxiliar a polícia haitiana no combate aos grupos criminosos, mas sem a presença dos tradicionais capacetes azuis da ONU.
O Brasil, que liderou uma missão de paz no Haiti de 2004 a 2017, se recusou a enviar tropas novamente, optando por um papel de auxílio no treinamento de policiais locais.
O presidente haitiano elogiou o compromisso de Lula em buscar apoio de outros países para lidar com a crise no Haiti.
Além da reunião com o primeiro-ministro haitiano, Lula participou de um almoço com líderes de diversos países, incluindo Alemanha, Canadá, Espanha e Barbados.
Mais tarde, Lula se encontrou com a presidente da Comissão Europeia para discutir o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, cujas negociações técnicas estão avançadas, mas enfrentam desafios políticos para a sua conclusão.
O compromisso de Lula com a crise haitiana e o empenho em fortalecer as relações comerciais entre os blocos demonstram a atuação ativa do ex-presidente brasileiro no cenário internacional.