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Marcha por Justiça Climática reúne movimentos sociais e entidades em protesto na capital paulista com o tema “Esse calor não é normal”

Neste domingo (22), a capital paulista foi palco da Marcha por Justiça Climática, promovida por movimentos sociais e entidades com o tema “Esse calor não é normal”. O protesto faz parte de uma série de 13 mobilizações que tiveram início na sexta-feira (20) e se estenderão até outubro. Nomes como o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o Fórum Popular da Natureza, o Greenpeace Brasil, Coalizão pelo Clima SP e os Jovens pelo Clima estão à frente dessas manifestações.

Em diversas cidades do estado de São Paulo, como Piracaia, Campinas, Bauru, Ribeirão Preto, Limeira, Piracicaba, Sorocaba e São Sebastião, os moradores se uniram em atos em prol da justiça climática. Em São Sebastião, por exemplo, os habitantes da Vila Sahy realizaram uma intervenção artística seguida de uma caminhada. Além desses locais, São Roque terá uma manifestação no dia 4 de outubro. Outras cinco capitais brasileiras também participam das reivindicações: Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Florianópolis, Brasília e Curitiba.

Na capital paulista, o ponto de partida do ato foi o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). Os manifestantes exibiam faixas e cartazes com mensagens em defesa do meio ambiente, como “Pelo fim do martírio guarani” e “Quem banca a extinção?”. A marcha criticou ainda o capitalismo e fez alusões aos desastres ambientais ocorridos recentemente, como as inundações no Rio Grande do Sul e o rompimento da barragem em Brumadinho, em Minas Gerais.

Além disso, os participantes do protesto destacaram a preocupação com as queimadas e os incêndios florestais, exigindo punições para os responsáveis por esses crimes. A crise hídrica no Norte do país também foi mencionada, com comunidades enfrentando a seca de rios, afetando até mesmo os indígenas.

As organizações envolvidas na marcha enfatizaram a luta contra o capitalismo, o agronegócio e a mineração, defendendo a agricultura familiar e os povos indígenas. Também exigiram medidas mais eficazes por parte das autoridades para preservar o meio ambiente e proteger as populações mais vulneráveis.

Diante das eleições municipais, a questão climática tem sido uma pauta importante para os candidatos, com organizações como Nossas e o Instituto Clima de Eleição lançando o site “Vote Pelo Clima”. É urgente que o Brasil reduza suas emissões de gases de efeito estufa e cumpra as metas estabelecidas pelo Acordo de Paris, especialmente diante da realização da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas em Belém, em novembro de 2025.

O governo federal está recebendo propostas para o Plano Clima, com diretrizes que orientarão o país até 2035. É essencial que a sociedade civil participe ativamente dessas discussões e pressione por ações concretas para enfrentar a emergência climática que o planeta enfrenta.

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