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Setembro registra pior índice de queimadas na Terra Indígena Kayapó, diz Greenpeace Brasil em levantamento preocupante.

O relatório divulgado pelo Greenpeace Brasil nesta sexta-feira (20) revelou dados alarmantes sobre os focos de calor na Terra Indígena (TI) Kayapó, localizada nos estados de Mato Grosso e Pará. Segundo o levantamento, o mês de setembro registrou 61,25% dos focos de calor identificados durante todo o ano, totalizando 1.799 de um total de 2.937.

Esses números representam um aumento significativo em comparação com anos anteriores, sendo o pior índice desde 2012, quando o monitoramento teve início. O fogo já consumiu 17,41% do território da TI Kayapó, o que é extremamente preocupante.

A situação se agravou no dia 4 de setembro, véspera da Operação Xapiri Tuíre, que visava coibir crimes relacionados ao garimpo na região. Durante a operação, promovida por diversos órgãos governamentais, foram encontradas cinco vilas de garimpeiros, resultando no aumento dos focos de calor no dia seguinte.

Em entrevista à Agência Brasil, o coordenador da Frente de Povos Indígenas do Greenpeace Brasil, Jorge Dantas, destacou a gravidade da situação na TI Kayapó. Ele ressaltou que a região é a mais impactada por incêndios florestais e que a presença de garimpeiros tem contribuído para a destruição do território.

Dantas também ressaltou a importância dos povos indígenas na preservação da biodiversidade e na mitigação dos efeitos da crise climática. Ele enfatizou que as terras indígenas desempenham um papel fundamental na proteção do meio ambiente e que é dever de todos defender esses territórios e acelerar os processos demarcatórios.

Diante do cenário preocupante na TI Kayapó e em outras regiões indígenas do país, medidas urgentes precisam ser tomadas para conter a destruição causada pelos incêndios. A sociedade civil e o poder público devem unir esforços para proteger essas áreas e garantir a sobrevivência dos povos indígenas e da biodiversidade brasileira.

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