Julgamento dos assassinos de Marielle Franco: um marco na política brasileira

A vereadora Mônica Benício (PSOL), viúva de Marielle Franco, compareceu nesta quarta-feira (30) ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para testemunhar no julgamento dos ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, réus confessos pelo assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes. Em um depoimento emocionante, Mônica destacou a importância política e pessoal da vereadora para o país.

Segundo Mônica, “existe uma política antes e uma depois do assassinato” de Marielle. Ela ressaltou que a vereadora estava em ascensão política e que teria um futuro promissor. Além disso, Mônica compartilhou detalhes sobre sua relação com Marielle, descrevendo-a como uma pessoa vibrante e determinada.

O julgamento, que teve início às 10h30, deve se estender até a madrugada de quinta-feira (31). Ao todo, 21 pessoas foram sorteadas para compor o júri, que ficará incomunicável durante o processo. Os réus serão ouvidos por videoconferência e o Ministério Público do Rio planeja pedir a pena máxima, que pode chegar a 84 anos de prisão.

O caso de Marielle Franco se tornou um dos crimes mais emblemáticos do país, representando questões de injustiça e impunidade. Mônica Benício enfatizou a importância de alcançar justiça após seis anos e sete meses de espera, destacando que o julgamento é crucial para a democracia brasileira.

Antes de Mônica Benício, outras testemunhas, como a jornalista Fernanda Chaves e a mãe de Marielle, Marinete da Silva, prestaram depoimento. O Ministério Público do Rio solicitou a convocação de mais testemunhas, e a defesa de Ronnie Lessa selecionou duas para depor.

Este julgamento tem o potencial de marcar um novo capítulo na história política do Brasil, refletindo a luta por justiça e o combate à impunidade. A morte de Marielle Franco continua sendo um símbolo de resistência e luta pelos direitos humanos, e o desfecho desse julgamento terá um impacto significativo na sociedade brasileira.