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Sociedade civil busca soluções baseadas na natureza para impulsionar economia da restauração florestal e mercado de carbono

A sociedade civil tem se mobilizado em busca de soluções baseadas na natureza e na estruturação de mecanismos financeiros para impulsionar a economia da restauração florestal. Com a intenção de desenvolver projetos sustentáveis que promovam a recomposição da cobertura vegetal e ofereçam oportunidades para as comunidades locais, novas iniciativas têm surgido com potencial para impactar positivamente o mercado de carbono.

Uma parceria recente entre uma empresa de restauração em larga escala e a organização não governamental Conservação Internacional (CI-Brasil) foi anunciada para um projeto de 12 mil hectares no extremo sul da Bahia, envolvendo 21 municípios da região. O financiamento para essa iniciativa vem da Priceless Planet Coalition, liderada por uma empresa de cartões de crédito, que reúne esforços de diversos setores, como comerciantes, bancos, cidades e consumidores, no combate às mudanças climáticas.

De acordo com o vice-presidente da CI Brasil, Mauricio Bianco, essa união de diferentes frentes pode ser um modelo viável para a recuperação ambiental e para atingir a meta assumida pelo país de restaurar 12 milhões de hectares até 2030. O foco inicial será na Mata Atlântica, no sul da Bahia, mas a expectativa é expandir a atuação para outros biomas, como a Amazônia.

Além disso, a atualização do Plano Nacional de Recuperação de Vegetação Nativa (Planaveg) durante a 16ª Conferência das Partes das Nações Unidas para a Biodiversidade destacou a importância de políticas públicas que promovam a regeneração ambiental. A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, enfatizou a necessidade de utilizar recursos financeiros para preservar e restaurar a natureza, gerando prosperidade de forma sustentável.

Uma pesquisa recente publicada na revista científica Nature revelou que o Brasil possui um potencial significativo para regeneração natural em áreas tropicais desmatadas, com 55,12 milhões de hectares disponíveis para restauração. Esses dados são fundamentais para orientar políticas públicas e impulsionar o mercado de restauração florestal, promovendo a conservação, a restauração e o uso sustentável dos recursos naturais.

Diante desse cenário promissor, iniciativas que unam esforços da sociedade civil, do governo e do setor privado se mostram essenciais para promover mudanças significativas na preservação ambiental e no desenvolvimento sustentável do país. A restauração florestal não apenas contribui para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, mas também gera empregos locais, promove a biodiversidade e fortalece a economia de forma sustentável.

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