Senadores e debatedores defendem ampliação da conectividade digital e capacitação de populações vulneráveis durante audiência pública da Comissão de Ciência e Tecnologia.
No dia 30 de junho, senadores e debatedores reuniram-se para discutir a importância de ampliar a conectividade digital e capacitar populações vulneráveis no Brasil. O debate ocorreu durante uma audiência pública da Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) sobre o programa Conecta e Capacita, do governo federal.
O senador Fernando Dueire (MDB-PE) foi responsável por sugerir o debate e apresentará um relatório com os obstáculos à inovação no país, sendo este tema avaliado pelo colegiado este ano.
Dueire destacou a necessidade de formação de profissionais qualificados para suprir a crescente demanda na área de tecnologia. Ele ressaltou que o Brasil forma apenas cerca de 53 mil profissionais por ano, o que resultará em um déficit de 532 mil pessoas na área nos próximos anos.
O secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Inácio Arruda, abordou a importância do programa Conecta e Capacita dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que visa ampliar a rede de infovias pelo país. Arruda ressaltou a relevância do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para a continuidade do programa, especialmente em áreas mais isoladas.
Coordenação
O senador Wellington Fagundes (PL-MT) destacou a importância da eficiência na coordenação entre ministérios para otimização dos recursos, evitando sobreposição de ações e desperdício de recursos públicos.
Marcela França, coordenadora-geral de Incentivo à Cooperação e Inovação na Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, mencionou o mapeamento das ações de inovação na educação profissional e tecnológica em nível estadual, previsto para ser concluído no início do próximo ano.
Desafios
França ressaltou o desafio de levar conectividade ao interior do país, visando proporcionar oportunidades equivalentes às dos grandes centros. Fagundes sugeriu uma nova audiência pública sobre o tema, antes da votação do projeto da Lei Orçamentária Anual, destacando a alta demanda de recursos do setor de inovação e tecnologia.
Felipe Morgado, superintendente do Senai, enfatizou a necessidade de alinhamento com as demandas reais da indústria na oferta de cursos em áreas como cibersegurança e análise de dados. Já Francilene Garcia, vice-presidente da SBPC, defendeu o financiamento contínuo para expandir as infovias e fortalecer a rede de pesquisa de alto desempenho.
A busca pela autonomia tecnológica e o desenvolvimento científico do Brasil foram temas centrais do debate, com a necessidade de investimento em infraestrutura e fortalecimento das redes de pesquisa para acompanhar as demandas globais.
Vinícius Gonçalves, sob supervisão