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Resolução da ONU pedindo fim do embargo a Cuba é ignorada pelos Estados Unidos, impacto limitado no regime comunista.

Resolução contra embargo a Cuba na ONU

Apesar do amplo apoio dos países-membros da ONU contra a medida, imposta em 1962, durante a Guerra Fria, pelo presidente John F. Kennedy para pressionar o regime comunista, o impacto da resolução será limitado.

Stephane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, reconheceu que esta não é a primeira vez que resoluções são votadas e não aplicadas. “A carga econômica sobre Cuba e o povo cubano continua”, lamentou.

Para o pesquisador do Crisis Group, Richard Gowan, “essas votações anuais sobre o embargo são um momento privilegiado para que os cubanos demonstrem o lado negativo dos Estados Unidos”.

“Os Estados Unidos não vão recuar no embargo se isso irritar os eleitores cubano-americanos”, afirmou em mensagem à AFP.

Na tribuna da ONU, várias vozes denunciaram o bloqueio: “neocolonialismo”, “sistema injusto e desumano”, “violação flagrante e sistemática dos direitos humanos” e “punição coletiva”.

Em 2015, sob a gestão do democrata Barack Obama, os governos dos dois países começaram um processo de normalização das relações diplomáticas, embora sem levantar o embargo.

Apesar da resistência dos Estados Unidos em revogar o embargo a Cuba, a recente resolução na ONU evidencia a reprovação internacional contra essa medida que perdura desde a Guerra Fria. O presidente John F. Kennedy impôs o embargo em 1962 como forma de pressionar o regime comunista na ilha.

O porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, Stephane Dujarric, admitiu que a resolução pode ter impacto limitado, uma vez que resoluções anteriores não foram efetivamente aplicadas. A carga econômica sobre Cuba e seu povo continua sendo uma realidade constante, apesar dos esforços internacionais.

Para o pesquisador do Crisis Group, Richard Gowan, as votações anuais na ONU contra o embargo são uma oportunidade para os cubanos evidenciarem os aspectos negativos da política americana. A pressão dos eleitores cubano-americanos tem impedido os Estados Unidos de revogarem o embargo, conforme destacado por Gowan em declaração à AFP.

As críticas ao bloqueio a Cuba na ONU não são novas e vão desde acusações de neocolonialismo até violações flagrantes dos direitos humanos. A punição coletiva imposta pelo embargo tem sido amplamente condenada como um sistema injusto e desumano.

Embora sob a gestão de Barack Obama tenha havido um início de normalização das relações diplomáticas entre os dois países em 2015, o embargo permaneceu intacto. A questão continua sendo um ponto de tensão nas relações internacionais, com impacto direto na população cubana.

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