Produtividade de cana-de-açúcar cai na região centro-sul do Brasil em setembro de 2024, indicam levantamentos de empresas do setor.

Essa redução na produtividade tem preocupado o setor, especialmente diante do adiantamento da colheita em alguns estados. A União da Indústria de Cana-de-açúcar e Biotecnologia (UNICA) informou que 12 unidades finalizaram a moagem até a segunda quinzena de outubro, um número superior às quatro usinas que haviam concluído a moagem no mesmo período da safra anterior.
Além disso, o estudo realizado pela CTC apontou um ganho discreto na qualidade da matéria-prima, com aumento no Açúcar Total Recuperável (ATR) na safra de 2024. A UNICA também destacou uma melhoria mais acelerada entre os associados, com um aumento de 6,98% no ATR por tonelada de cana-de-açúcar em relação à safra anterior.
No entanto, mesmo com esses dados positivos, a expectativa é de uma diminuição na produção de cana-de-açúcar devido ao cenário de seca enfrentado durante o ano de 2024. O pesquisador Maximiliano Salles Scarpari, do Instituto Agronômico (IAC), ressaltou que o déficit hídrico observado desde o final de 2023 se agravou neste ano, impactando diretamente na produtividade das lavouras.
Diante desse contexto, especialistas apontam a importância de estratégias como a adoção de técnicas de irrigação para minimizar os efeitos da seca e garantir a qualidade e o rendimento da produção de cana-de-açúcar. A Embrapa destaca a necessidade de práticas sustentáveis e inovadoras para enfrentar os desafios climáticos e manter a competitividade do setor no mercado internacional.
Com todas essas informações em mãos, o setor sucroalcooleiro se prepara para um cenário desafiador, buscando alternativas para garantir a continuidade da produção e a sustentabilidade do agronegócio brasileiro. A expectativa é de que, com o uso de tecnologias e práticas adequadas, seja possível superar os desafios e manter a excelência na produção de cana-de-açúcar no país.