Operação Wolfie: PF investiga fraude de fintech ao BNDES
No dia 30 de setembro, a Polícia Federal deflagrou a Operação Wolfie em Campinas e Hortolândia, cidades do interior de São Paulo, para investigar uma tentativa de fraude de uma fintech ao BNDES. A fintech buscava obter um empréstimo no valor de R$ 300 milhões, mas teve seu pedido negado.
A operação é um desdobramento da Operação Concierge, realizada em agosto para desarticular uma organização criminosa suspeita de crimes financeiros e de lavagem de dinheiro. A organização era composta por dois bancos digitais não autorizados pelo Banco Central, que operavam de forma clandestina em instituições financeiras renomadas.
Segundo a PF, essas fintechs facilitavam transações financeiras ilícitas, movimentando R$ 7,5 bilhões em contas clandestinas. Uma dessas fintechs protocolou um pedido de financiamento junto ao BNDES, utilizando documentos falsificados, mas teve o pedido negado após a investigação da PF.
Na operação, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva em Campinas, além de dois mandados de busca e apreensão. Os investigados podem responder por falsidade ideológica, uso de documento falso, associação criminosa, entre outros crimes, com penas que ultrapassam 25 anos de prisão.
O BNDES destacou a eficiência de seus mecanismos de controle e agradeceu à PF por impedir a fraude. A instituição reforçou seu compromisso com a transparência e colaboração com as autoridades. A PF informou que a Febraban denunciou os bancos digitais ao MPF durante as investigações.
Empresários, como Patrick Burnett e José Rodrigues, foram presos durante a Operação Concierge, mas negaram qualquer envolvimento em práticas ilícitas. A operação resultou em diversas prisões e busca e apreensão, além da suspensão de atividades de empresas e profissionais envolvidos.