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Metodologia 7-1-7 da OMS auxilia municípios na prevenção de surtos infecciosos com eficácia e agilidade, aponta estudo no Recife

Uma Ferramenta Recomendada pela OMS Ajuda a Prevenir Surto Infeccioso

Recentemente, uma ferramenta recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) tem se mostrado eficaz no auxílio de gestores públicos na identificação e prevenção de surtos infecciosos com potencial de se tornarem ameaças à saúde pública. A métrica 7-1-7, desenvolvida a partir de evidências científicas internacionais, estabelece um fluxo ideal a ser seguido pelos municípios para lidar com casos suspeitos.

O município do Recife (PE) foi pioneiro na adoção da metodologia em agosto de 2022 e se tornou uma referência mundial na aplicação da mesma. Com o apoio técnico da Vital Strategies, uma organização global de saúde pública parceira da OMS, a cidade conseguiu dobrar sua capacidade de identificação, notificação e resposta a casos com potencial epidêmico.

Segundo Sofia Reinach, diretora adjunta da área de prevenção de epidemias da Vital Strategies, a experiência do Recife tem servido de referência para outros países. A metodologia 7-1-7 está sendo avaliada nos Estados Unidos e em países da África e Ásia, com bons resultados sendo observados.

Um dos desafios enfrentados para a efetiva incorporação da ferramenta na rotina dos serviços de saúde é a constante troca de gestores municipais e a rotatividade dos profissionais de saúde. No entanto, a experiência do Recife mostra que a metodologia pode ser bem-sucedida quando incorporada pelos servidores concursados da vigilância.

Outro desafio é a necessidade de integração entre as diferentes áreas dentro das secretarias de saúde. A vigilância deve dialogar com a atenção à saúde para garantir uma atuação eficiente.

Apesar dos obstáculos, os resultados iniciais da métrica 7-1-7 mostram que com uma ferramenta simples é possível adotar estratégias de prevenção de futuras epidemias. É importante voltar a fortalecer a vigilância, que desempenha um papel fundamental na prevenção de crises sanitárias.

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