Julgamento dos acusados do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes tem início no TJRJ com medidas de segurança
Os dois acusados participarão do júri popular por videoconferência, diretamente das unidades prisionais onde estão detidos. Ronnie Lessa está na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo, enquanto Élcio Queiroz está no Centro de Inclusão e Reabilitação, em Brasília. Algumas testemunhas também poderão participar de forma virtual da sessão do júri, a pedido do Juízo para evitar aglomerações devido à grande repercussão pública do caso.
Marielle Franco foi assassinada com apenas um ano de mandato como vereadora, em um crime que chocou a sociedade brasileira. Na época do assassinato, Marielle voltava de um encontro de mulheres negras na Lapa, quando foi alvejada, resultando em sua morte e a do motorista Anderson Gomes. A morte da vereadora foi interpretada por muitos como um ataque à democracia e gerou grande comoção popular.
O desfecho desse caso ganhou contornos mais complexos em 2024, com a prisão dos suspeitos apontados como os mandantes do crime, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, além do ex-chefe da Polícia Civil na época, o delegado Rivaldo Barbosa. Atualmente, o processo que envolve os supostos mandantes se encontra no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em depoimentos ao STF, Rivaldo Barbosa e os irmãos Brazão negaram envolvimento no crime. Domingos Brazão alegou que Ronnie Lessa tentou incriminá-lo devido à pressão da imprensa, enquanto Chiquinho Brazão afirmou não ter contato pessoal com o réu confesso. Em relação a Marielle Franco, Chiquinho destacou a boa relação que tinha com a vereadora, descrevendo-a como alguém com um futuro brilhante.
Assim, o julgamento desses ex-policiais militares e os desdobramentos das investigações envolvendo os possíveis mandantes seguem sob os holofotes da opinião pública, em busca de respostas e justiça para o caso que marcou a história do Rio de Janeiro.
