IGP-M tem alta de 1,52% em outubro, superando resultado anterior, revela Instituto Brasileiro de Economia da FGV.
Segundo o economista do Ibre, Matheus Dias, o mês de outubro foi marcado, além dos efeitos climáticos adversos, pelo impacto da demanda global por commodities. Os principais impactos foram observados nos preços de bovinos, carne bovina e minério de ferro, produtos de exportação que tiveram um aumento expressivo no volume exportado. Além disso, a tarifa de eletricidade residencial contribuiu para a alta do Índice ao Consumidor, devido à adoção da bandeira tarifária vermelha, patamar 2. Na construção civil, o aumento nos preços de materiais, equipamentos e serviços foi o principal motivo para o avanço.
No Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que teve uma elevação de 1,94% em outubro, observou-se um avanço significativo na comparação com setembro. Os grupos de Bens Finais e Bens Intermediários também registraram altas, impulsionados pelo aumento nos preços de alimentos processados e materiais de construção. Já nas matérias-primas brutas, a alta foi de 4,59%, influenciada principalmente pelos aumentos nos preços do minério de ferro, bovinos e soja em grão.
No que diz respeito ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC), houve um aumento de 0,42% em outubro, com destaque para as altas nas despesas com habitação, alimentação, vestuário, saúde e cuidados pessoais e comunicação. Por outro lado, os grupos de educação, leitura e recreação, transportes e despesas diversas apresentaram recuos em suas taxas de variação.
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou uma alta de 0,67% em outubro, superando o desempenho do mês anterior. Os grupos de materiais, equipamentos, serviços e mão de obra apresentaram variações significativas, contribuindo para o aumento do índice. Esses dados refletem o atual cenário econômico do país, com impactos tanto de fatores internos quanto externos.
