Entre os parentes presentes, Luyara Franco, filha de Marielle, reforçou a importância da coragem da família e dos movimentos que os acompanharam desde o início do caso. Marinete Silva, mãe de Marielle, destacou a espera de quase sete anos por justiça e a necessidade de condenação dos acusados para que a vida de sua filha não seja banalizada.
A viúva de Anderson Gomes, Ágatha Arnaus, emocionada, ressaltou que o julgamento marca apenas o início de um processo que levará à justiça completa do caso. Ela mencionou a persistente dor sentida desde 2018 e a importância de também responsabilizar os mandantes do crime, como os irmãos Chiquinho e Domingo Brazão, além do delegado Rivaldo Barbosa, acusado de prejudicar as investigações.
Os acusados, Ronnie Lessa e Elcio Queiroz, participaram do julgamento por meio de videoconferência, estando presos em penitenciárias fora do estado do Rio de Janeiro. O Ministério Público do Rio de Janeiro pedirá ao Conselho de Sentença a condenação máxima, que pode chegar a 84 anos de prisão, caso os jurados decidam condená-los.
Durante a manifestação ocorrida em frente ao Tribunal, parentes de vítimas da violência pediram por justiça não apenas para Marielle e Anderson, mas também para outros jovens negros mortos por agentes do estado. O clamor por justiça ecoou no local, demonstrando a importância do caso e a necessidade de responsabilização dos envolvidos.