
Acúmulo de riqueza: a discrepância nos impostos pagos pelos mais abastados
Um estudo recente revelou que o acúmulo de riqueza entre os mais abastados nas últimas décadas tem sido impulsionado principalmente pelo aumento do patrimônio, em detrimento de impostos mais elevados sobre a renda do que sobre os bens. Essa disparidade nos sistemas tributários tem permitido que os bilionários paguem uma alíquota menor sobre seus bens do que a maioria da população.
De acordo com a pesquisa solicitada pelo Brasil, que atualmente exerce a presidência anual do G20, os bilionários pagam em média 0,3% sobre seus bens, o que representa uma quantia significativamente menor do que a alíquota paga por outras classes sociais. Para se ter uma ideia, os bens dos 0,0001% das famílias mais ricas, que correspondiam a 3% do PIB mundial em 1987, atualmente representam 14% do PIB, evidenciando o grande aumento no patrimônio dessas famílias.
Impacto na sociedade e nos cofres públicos
O economista Gabriel Zucman, especialista em desigualdade, ressalta a injustiça presente nesse cenário, onde os mais privilegiados pagam proporcionalmente menos impostos que profissionais como professores e bombeiros. Em 2021, o ProPublica revelou que bilionários como Jeff Bezos e Elon Musk pagaram poucos impostos ao longo dos anos, ou até mesmo nenhum imposto de renda, sinalizando a urgência de reformas fiscais que corrijam essa discrepância.