
Cansados de Propaganda Política: Eleitores Americanos se Manifestam
A uma semana da eleição presidencial americana, a estudante Camila Smith, 19, revelou sua frustração com o bombardeio de propaganda política que tem enfrentado. Smith relatou receber diariamente no mínimo quatro mensagens de texto de propaganda eleitoral, além de vários telefonemas. Além disso, ao acessar suas redes sociais, como YouTube e TikTok, é impactada por anúncios da campanha da democrata Kamala Harris e do republicano Donald Trump.
Kamala x Trump
Smith, que cursa nutrição na Universidade Penn State, no estado da Pensilvânia, destacou a intensa disputa eleitoral que vive, já que tanto seu estado quanto a Geórgia, onde sua família mora, são considerados “estados-pêndulo”, essenciais para a determinação do resultado eleitoral, devido ao alto número de votos no Colégio Eleitoral.
A estudante expressou sua frustração com a quantidade de folhetos de propaganda eleitoral que chegam diariamente à caixa de correio de sua casa, a maioria deles atacando a candidata democrata. Além dos materiais impressos, os outdoors e placas pró-Kamala Harris e pró-Trump estão espalhados pela Pensilvânia, tornando praticamente impossível escapar da publicidade política.
Com um grande volume de gastos em propaganda eleitoral concentrados nos estados-pêndulo, os moradores locais estão sobrecarregados. Isso foi confirmado por Jonathan Stark, empresário local que chegou a desligar a TV devido à exaustiva presença de anúncios políticos.
Segundo dados da Ad Impact, a campanha de Kamala Harris gastou US$ 1,2 bilhão, enquanto Trump investiu cerca de US$ 653,3 milhões em propaganda. A maior parte desses recursos foi direcionada aos sete estados-pêndulo, negligenciando o restante do país.
Jason Togyer, residente da Pensilvânia, destacou a saturação de anúncios eleitorais em plataformas online, evidenciando a falta de transparência nos gastos digitais.
Apesar dos esforços publicitários, eleitores como Camila Smith e Shayla Fulton expressam descontentamento com a abordagem agressiva das campanhas, sem acreditar que isso vá influenciar sua decisão de voto.
Com a eleição americana se resumindo a poucos estados decisivos, a tensão e a exaustão dos eleitores refletem um cenário de imobilidade nas pesquisas de opinião e na expectativa do comparecimento massivo às urnas.
Em meio a todo esse cenário, a vontade dos eleitores é clara: menos propaganda política e mais foco em questões relevantes para a sociedade.