
Prisão do Bicheiro Rogério de Andrade no Rio de Janeiro
Por Repórter Investigativo
A prisão do bicheiro Rogério de Andrade, na manhã desta terça-feira (29), no Rio de Janeiro, foi motivada por nova denúncia do Ministério Público que aponta o contraventor como mandante do assassinato de Fernando de Miranda Iggnácio, em 2020.
A Promotoria também pediu a prisão de Gilmar Eneas Lisboa. Ele é acusado de monitorar a vítima até o momento do crime.
O assassinato aconteceu há quase quatro anos, em 10 de novembro de 2020, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio.
Iggnácio, genro do também bicheiro Castor de Andrade, foi morto com vários tiros enquanto caminhava até um carro no estacionamento de um heliponto, logo após desembarcar de um helicóptero que vinha de Angra dos Reis, na Costa Verde.
Rogério era sobrinho de Castor de Andrade e um de seus principais aliados. Com a morte de Castor em 1997, Rogério e Iggnácio dividiram o legado por um tempo, até entrarem em disputa pelo controle do jogo do bicho.
A disputa entre eles resultou em diversas mortes desde 1999, quando começaram a rivalizar pelo controle do jogo do bicho e pela exploração de máquinas caça-níqueis.
A prisão de Rogério e a acusação contra Gilmar Eneas Lisboa evidenciam a complexa rede de intrigas e violência que permeia o mundo do crime organizado no Rio de Janeiro.
As investigações continuam para esclarecer os detalhes do envolvimento dos acusados no assassinato de Iggnácio e os desdobramentos dessa prisão inesperada no cenário do crime carioca.