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Previsão do mercado financeiro indica inflação de 4,55%, acima da meta estabelecida pelo CMN, revela Boletim Focus do BC.

A inflação no Brasil vem preocupando os analistas do mercado financeiro, com a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ultrapassando o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). De acordo com o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central, a expectativa é que a inflação encerre o ano em 4,55%, sendo que a meta definida pelo CMN é de 4,5%.

Para os próximos anos, a projeção de inflação também é preocupante. Para 2025, a expectativa é de 4%, enquanto para 2026 e 2027 as previsões são de 3,6% e 3,5%, respectivamente. Esses números estão acima do teto da meta de inflação, que é de 3% para este ano, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua, não sendo mais necessário que o CMN defina uma meta de inflação a cada ano. O centro da meta contínua será de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

A recente elevação da taxa básica de juros, a Selic, para 10,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) foi uma medida adotada pelo Banco Central para tentar conter a inflação. O aumento da Selic visa desacelerar a demanda aquecida e consequentemente controlar os preços. No entanto, a alta dos juros também pode ter impactos negativos na economia, como o encarecimento do crédito e a desaceleração do consumo.

Além da inflação, as projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a cotação do dólar também são temas importantes para o mercado financeiro. A expectativa de crescimento do PIB para este ano é de 3,08%, com a cotação do dólar prevista em R$ 5,45. No entanto, as incertezas econômicas geradas pela inflação elevada e a política monetária do Banco Central podem impactar essas projeções nos próximos meses.

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