
González defende separação de poderes e questiona intimação. “Onde está prevista uma audiência ou interrogatório perante a Câmara Eleitoral para certificar resultados e investigar, de forma preliminar, a existência de supostas responsabilidades criminais? (…) Qual o objetivo do interrogatório ao qual querem me submeter?”, continua o opositor venezuelano.
Ele também se diz ‘vulnerável’ e teme por sua liberdade. Para González, ir ao TSJ ainda coloca em risco a “vontade do povo venezuelano” manifestada nas urnas e o esforço feito nas últimas semanas para que a oposição consiga provas de que venceu a eleição. “Meu compromisso inviolável é com o povo da Venezuela e a soberania popular”, conclui.
O cidadão Nicolás Maduro Moros, que apresentou um suposto recurso à Câmara Eleitoral, disse publicamente (…) que se eu não comparecer [ao TSJ] incorrerei em responsabilidades legais, e que, se eu comparecer e entregar as cópias das atas, também haverá graves consequências. É este o procedimento imparcial que respeita o devido processo legal? Estou condenado por antecipação?
Edmundo González, opositor venezuelano, em comunicado
Investigação contra opositores
Edmundo González foi intimado a comparecer hoje ao TSJ. Na segunda-feira (5), o procurador-geral Tarek William Saab informou ter aberto uma investigação contra o opositor de 74 anos e Maria Corina Machado, de 56, por suposta prática de usurpação de funções, instigação à insurreição e conspiração, entre outros crimes.
Recentemente, o opositor venezuelano Edmundo González tem defendido com veemência a separação de poderes e questionado uma intimação que recebeu. Ele questiona a real necessidade de um interrogatório perante a Câmara Eleitoral para certificação de resultados e investigação de possíveis responsabilidades criminais preliminares. González expressa sua preocupação com a forma como está sendo conduzido o processo em relação a sua participação, temendo por sua liberdade e colocando em risco a vontade manifestada pelo povo venezuelano.
O opositor também destaca que sua prioridade é o compromisso com a população da Venezuela e a soberania popular, ressaltando a importância de respeitar os princípios democráticos. Além disso, González questiona a imparcialidade do procedimento conduzido, levantando dúvidas sobre o devido processo legal e se já está sendo condenado por antecipação.
No cenário político atual, González e Maria Corina Machado foram alvo de uma investigação aberta pelo procurador-geral por supostos crimes como usurpação de funções, instigação à insurreição e conspiração. Diante desse contexto, González enfrenta a intimidação de comparecer ao Tribunal Supremo de Justiça, o que demonstra a tensão e a pressão política em que se encontra.
É fundamental acompanhar de perto o desenrolar desse caso e as repercussões para a democracia na Venezuela, considerando os desafios enfrentados pelos opositores e a importância de garantir a separação de poderes e o respeito aos direitos fundamentais em meio a um contexto conturbado.