Eleição de Prefeitas: Campo Grande e Aracaju lideram grupo de municípios

No ano de 2024, as capitais Campo Grande e Aracaju se destacam ao liderar um grupo de 244 municípios que elegeram prefeitas pela primeira vez desde 2000. Essa mudança histórica representa um marco na política brasileira.

Com um total de 728 mulheres conquistando o cargo máximo do Executivo municipal, sendo cinco destas eleitas no segundo turno recentemente concluído, observa-se um aumento de 10% em comparação com a eleição de 2020, que teve 662 prefeitas eleitas.

Ainda há a possibilidade de aumento desse número, já que em cinco municípios, incluindo Vitória da Conquista (BA), as candidaturas femininas tiveram seus resultados anulados, dependendo de decisões da Justiça Eleitoral para a posse.

Os dados revelam que foram lançadas 2.362 candidatas ao cargo em 1.986 municípios do país, e uma em cada três mulheres candidatas conseguiu se eleger, representando um crescimento de cinco pontos percentuais em relação à última eleição municipal.

Destaca-se também o recorde de reeleição das mulheres, com 76% das prefeituras com disputa do segundo mandato sendo ocupadas por prefeitas reconduzidas ao cargo.

Analisando a distribuição das eleitas por ideologia partidária, observa-se que metade das prefeitas eleitas pertencem a partidos de centro político, com destaque para o MDB, PSD e PP. As legendas de direita e esquerda também tiveram sua parcela de sucesso nas eleições.

Em termos regionais, Amazonas e Mato Grosso do Sul se destacam proporcionalmente na eleição de mulheres pela primeira vez. O total de municípios com chefes de Executivo homens teve uma redução de cerca de 7%, refletindo uma mudança significativa na representatividade política.

Dentre as 17 capitais que não elegeram prefeitas, destaca-se a ausência nas cinco maiores, como Rio de Janeiro e Salvador. No entanto, Campo Grande e Aracaju protagonizaram eleições históricas, com a reeleição de Adriane Lopes e a eleição de Emília Corrêa, respectivamente.

Em suma, a eleição de prefeitas em 2024 representa um avanço rumo à equidade de gênero na política brasileira. Com o aumento do número de mulheres ocupando cargos de liderança, espera-se maior representatividade e diversidade nas decisões políticas locais.