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Degradação florestal na Amazônia Legal atinge recorde em setembro de 2024, equivalente a mais de 13 vezes a área de São Paulo.

A Amazônia Legal enfrenta uma grave situação de degradação florestal, com um aumento significativo em setembro de 2024. Segundo o instituto de pesquisa Imazon, foram atingidos 20.238 quilômetros quadrados de floresta, o que representa mais de 13 vezes a área da cidade de São Paulo. Esse número é alarmante, pois representa um aumento de 1.402% em relação ao mesmo período do ano anterior, indicando uma tendência preocupante de deterioração do meio ambiente na região.

De acordo com a definição do Imazon, a degradação ambiental na Amazônia é causada por queimadas ou extração madeireira, não envolvendo a remoção completa da floresta, mas destruindo parte dela. Essa prática coloca em risco não apenas a vegetação, mas também as espécies da fauna e da flora da região.

A pesquisadora Larissa Amorim, do Imazon, ressaltou que o mês de setembro é historicamente marcado por um aumento dessas práticas na Amazônia, devido ao período mais seco. No entanto, os números registrados em 2024 foram muito mais elevados do que o habitual, sendo impulsionados principalmente pela intensificação dos incêndios florestais na região.

O estado mais afetado pela degradação florestal foi o Pará, que concentrou 57% das áreas de florestas degradadas em setembro de 2024. Municípios como São Félix do Xingu, Ourilândia do Norte e Novo Progresso estão entre os que mais contribuíram para esse cenário preocupante. Além disso, outros estados como Mato Grosso, Rondônia e Amazonas também apresentaram percentuais significativos de áreas degradadas.

Os dados do Imazon apontam para a urgência de medidas eficazes para combater a degradação ambiental na Amazônia. O aumento das queimadas provocadas pela ação humana, aliado à seca severa na região, tem contribuído significativamente para esse cenário alarmante. É fundamental investir em ações integradas que protejam a região, como o fortalecimento dos órgãos ambientais de fiscalização e a busca por alternativas que reduzam os impactos das queimadas nas populações e na cobertura florestal.

Portanto, é necessário um esforço conjunto de governos, organizações e sociedade civil para preservar a floresta amazônica e garantir a sustentabilidade ambiental da região, evitando danos irreparáveis à biodiversidade e aos povos que dependem desse ecossistema único. A Amazônia precisa de ações imediatas e eficazes para conter o avanço da degradação florestal e garantir sua preservação para as futuras gerações.

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