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Apagão em Interlagos: Ricardo Nunes liderava por 22 pontos no início do 2º turno, mas vantagem diminui em meio a crise.

Na tumultuada reta final do segundo turno das eleições em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) viu sua ampla vantagem ser reduzida a apenas 11 pontos percentuais em relação ao seu principal adversário, Guilherme Boulos (PSOL). A campanha de Nunes, que já enfrentava diversos problemas e acusações, se viu abalada pelo apagão que atingiu milhões de consumidores na cidade.

O prefeito, que estava determinado a manter uma postura de não se expor e evitar desgastes, teve que lidar com a crise causada pela falta de luz em sua própria residência durante o temporal. Enquanto isso, Boulos intensificou os ataques em relação à ineficiência da prefeitura na poda de árvores, responsável pelo apagão.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) entrou em cena para apoiar Nunes e responsabilizar a Enel e o governo federal pelo incidente, numa tentativa de transferir a crise para Boulos. No entanto, a população se dividiu em relação às responsabilidades, segundo o Datafolha.

O clima de tensão se intensificou durante o debate da Globo, onde Nunes procurou associar Boulos ao radicalismo e ao extremismo, enquanto o adversário acusava o prefeito de tentar espalhar o medo entre os eleitores. A inserção de Jair Bolsonaro na campanha de Nunes também causou polêmica, com parte de seus aliados defendendo a presença do ex-presidente, enquanto outros minimizavam sua importância.

O resultado das eleições se mostra cada vez mais imprevisível, com Nunes liderando as intenções de voto, mas Boulos demonstrando um crescimento surpreendente nas pesquisas. A reviravolta na campanha do prefeito, marcada por alianças controversas e ataques intensos, mostra que o cenário político em São Paulo está longe de se acalmar.

Como Nunes chega ao segundo turno

Intenções de voto
Segundo o Datafolha deste sábado (26), Nunes tem 57%, ante 43% de Boulos (votos válidos)

Coligação
MDB, PL, Republicanos, União Brasil, PP, PSD, Solidariedade, Podemos, Avante, PRD e Mobiliza

Apoiadores no 2º turno
Marina Helena e seu partido, o Novo, e da federação PSDB/Cidadania

Recursos
A receita total foi de R$ 51,3 milhões, sendo que R$ 18 milhões vieram do MDB e R$ 17 milhões do PL, que indicou o vice, Ricardo Mello Araújo (PL); demais partidos bancaram valores entre R$ 1,7 milhão e R$ 3 milhões

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